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Os 3 erros mais comuns durante o inverno cripto

Senhor com a mão na boca pois cometeu alguns erros

Erros do passado, ou de terceiros, são uma ótima ferramenta de aprendizagem, para os observadores atentos que usam a experiência de outros, ou sua própria, para conseguir acertar mais do que errar. Confira os 3 erros mais comuns cometidos no inverno cripto e aprenda a evitá-los!

Os erros mais comuns durante o inverno cripto

A primeira experiência de um “Bear Market” pode ser traumatizante para muitos investidores ou traders de primeira viagem, já que normalmente tudo acontece muito rápido, quando todos menos esperam.

Existem alguns erros mais comuns cometidos no inverno cripto que podem ser evitados, minimizando as perdas, realizadas ou não-realizadas, que são inevitáveis neste período do ciclo natural de ativos financeiros.

Veja a lista que preparamos, com os três principais:

  • #1 – Panic Sell;
  • #2 – Negação;
  • #3 – Caça ao fundo.

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#1 – “Panic Sell”

Este talvez seja um dos erros mais comuns durante o inverno cripto, cometido por investidores dos mais variados “calibres” e com certeza não é uma exclusividade apenas dos iniciantes, apesar de que a experiência pode ajudar a controlar a emoção de pânico.

O “Panic Sell”, traduzido para “Venda no Pânico”, ocorre quando o investidor se encontra em uma condição psicológica de pânico, que confunde sua própria percepção da realidade e dificulta a tomada de decisão consciente e racional.

A emoção do medo toma conta, ante a perspectiva de um desastre financeiro e a venda acontece, normalmente, no pior momento possível, intensificando as perdas.

O DSM IV (1994) define pânico, de um ponto de vista das ciências psicológicas, como:

“(…) uma súbita sensação de intensa apreensão, medo ou terror, em geral associada com sentimentos de desastre iminente.”

A “Venda no Pânico” pode ocorrer frente à uma súbita queda de preço muito aguda, ou ao se deparar com alguma notícia muito chocante.

Para evitar o “Panic Sell”, o investidor precisa aprender a reconhecer os sinais de que está sob pânico e evitar tomar decisões financeiras imediatamente após um evento que possa causar estes sintomas. Ao se sentir inseguro ou com medo sobre o que pode acontecer com o ativo, o ideal é se afastar do computador ou do smartphone e esperar o momento de pânico passar.

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde MS, um ataque de pânico dura entre 15 a 30 minutos e envolve alguns sintomas físicos como inquietação, coração acelerado, sensação de “perder o chão”, calafrios, falta de ar, entre outros.

#2 – Negação

Não vender durante um momento de pânico não significa que o investidor não deve vender nunca sob perdas não-realizadas.

O ato de vender um ativo no prejuízo, realizando as perdas que antes estavam apenas na carteira, é chamado de capitulação e é uma estratégia utilizada por investidores experientes para minimizar as perdas ante um cenário negativo.

A capitulação também pode ser interessante para conseguir criar boas oportunidades de curto e médio prazo de recompra em um preço menor do que o atual, compensando parte das perdas.

Muitos investidores inexperientes, no entanto, tem uma dificuldade muito grande de capitular, ao não compreender o movimento cíclico natural de expansão e retração de preço.

Essa dificuldade também pode surgir a partir do segundo entre os erros mais comuns cometidos durante o inverno cripto, que é negar que o bear market realmente esteja acontecendo, acreditando que o preço voltará a subir a qualquer momento para os níveis que estava durante o bull market.

Isso pode ocorrer para investidores que estão emocionalmente ligados aos ativos em sua posse, seja por motivos ideológicos (muito comum no mercado cripto), seja por estarem dentro de uma “câmara de eco” com vários outros investidores, também em negação, alimentando o viés dessa “bolha” e desincentivando a venda, algumas vezes até mesmo através do constrangimento para qualquer um que sugira a possibilidade de capitular.

A negação é normalmente muito forte em comunidades cripto, de entusiastas dos projetos e por isso é importante ter contato com outros investidores de fora destas comunidades fechadas, para evitar ficar preso em “câmaras de eco”. Ter variedade de fontes e olhar crítico, atento aos fatos, são ótimas maneiras de evitar esse erro.

O recomendado é que o investidor desenhe um plano de vendas parciais em boas oportunidades de correção da tendência de baixa, de acordo com seu capital disponível e de forma que ele não se esgote tão facilmente. O plano é melhor traçado fora do pânico!

#3 – Caça ao fundo

O terceiro erro mais comum durante o inverno cripto é o tempo todo tentar encontrar o “fundo” definitivo. E isso muitas vezes pode ser motivado após um “panic sell”, onde o investidor vendeu quase toda sua posição e quer a melhor reparação possível.

A caça ao fundo também ocorre durante a negação, que pode criar uma situação muito frustrante para o investidor, prejudicando sua condição emocional, causando mais más decisões sendo tomadas de forma irracional.

A verdade é que ninguém realmente sabe onde está o fundo, até ele já ter se formado e o padrão gráfico ter se confirmado após uma forte alta e acumulação lateral, onde sempre existe a expectativa de formação de um novo fundo.

Tentar acertar o ponto ideal de compra vai fazer com que o investidor perca boas oportunidades de reentradas e talvez se veja comprando uma grande alta por puro “FOMO”, após se dar conta que “errou no timming”.

Da mesma forma como a capitulação não deve ser feita vendendo tudo de uma vez, mas aproveitando boas oportunidades de correção de preço – em pequenas altas durante uma grande baixa, para se desfazer dos ativos e acumular reservas, aguardando o momento de comprar. A recompra também deve ser feita de forma parcial, aproveitando possíveis fundos em dias de quedas mais acentuadas, sempre deixando alguma reserva disponível para continuar comprando.

Tome muito cuidado com aqueles analistas que afirmam saber que o fundo já foi formado, normalmente este é um sinal de que ainda tem muito mais queda pela frente. Ao mesmo tempo, quando a maioria dos analistas estiver prevendo fundos extremamente baixos, distantes do fundo atual, talvez seja um sinal de que a queda está mais próxima do fim e uma recuperação começa a surgir no horizonte.

Conclusão sobre os 3 erros mais comuns durante o inverno cripto

Vocês podem notar que os erros estão muito mais relacionados ao psicológico do investidor do que sobre conhecimentos técnicos e capacidade analítica. É por isso que eles são muitas vezes subestimados, sendo cometidos até mesmo por ótimos analistas, traders e pessoas com muito conhecimento técnico.

Aprender a controlar as emoções é uma habilidade necessária para operar em renda variável e, principalmente, para investir em criptomoedas, que ainda possuem muita volatilidade ao se tratar de um mercado novo e em fase de amadurecimento.

Espero que este artigo possa te ajudar na sua próxima tomada de decisões.

Compartilhe essas dicas com seus amigos e conhecidos para que eles também não cometam os erros mais comuns do inverno cripto.

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