O partido de extrema esquerda PCO publicou críticas em relação aos tokens não fungíveis (NFTs) e metaverso, afirmando que não passavam de formas de “tirar dinheiro de trouxa”.
Para os comunistas do Partido da Causa Operária (PCO), a criação do conceito de “escassez digital” era um sinal da decadência da sociedade. “Esses são recursos utilizados pela burguesia para conseguir abranger o máximo de meios de opressão à classe operária possível.”, publicou o PCO no site oficial.
“Como se a especulação financeira no “mundo real” já não fosse danosa o bastante, a classe dominante não se contenta em utilizar só ela e está sempre inovando nas formas de exploração.”, continuou o texto intitulado “NFT e metaverso: reservas de dinheiro tiradas do khú”.
NFTs reforçam a ideia de propriedade intelectual?
Em mais um tema que, curiosamente, os membros do PCO concordam com os anarcocapitalistas, a propriedade intelectual não deveria existir. Para reforçar o ideal, criativamente os créditos da foto de capa do artigo são descritos como “Foto: feita por alguém com tempo demais.”
Alguns entusiastas de NFT supostamente defendem que copiar e reproduzir a arte atrelada a um token não fungível seja um crime. Um perfil que brinca com esse conceito no Twitter é o “Todo dia um NFT para você salvar de graça”.
Para o PCO, a ideia de que um NFT pudesse ser um certificado de propriedade intelectual “é fonte de muito dinheiro para esses empresários em um objeto que vai além de códigos, mas só traz como riqueza o entretenimento do trabalhador.”
A ideia de metaverso, para o artigo, é ainda mais bizarro:
“Ele consiste numa realidade virtual em que você pode comprar terrenos, imóveis, roupas e itens diversos que só existirão naquele universo, o que pode ser comparado a skins em jogos online, mas em uma versão mais caótica e degenerada.”
Para entender melhor sobre a opinião dos autores do artigo que critica os NFTs, veja o podcast que gravaram sobre criptomoedas, NFTs e metaverso, onde eles brincam, por exemplo, que “quem tem NFT é otário, menos o Neymar.”:
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