Suspeito de fundar uma das maiores pirâmides financeiras de bitcoin no Brasil, Francisley Valdevino da Silva, o “Sheik dos Bitcoins”, foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta manhã de quinta-feira (3) em Curitiba.
De acordo com a PF, o empresário descumpriu mais de uma medida cautelar imposta pela Justiça Federal. Uma das restrições do investigado era o impedimento de continuar a administrar qualquer negócio ou gerir seu grupo econômico.
Em mais uma ação da Operação Poyais, a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva, não se tratando de uma ação penal definida em sentença condenatória. O “Sheik dos Bitcoins” ainda deverá ser julgado pelos supostos crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Conforme relatamos anteriormente no Cointimes, o “Sheik dos Bitcoins” foi responsável pela criação de uma empresa que prometia lucros mensais de até 20% com bitcoin. Mas, em investigação, a Polícia descobriu que não havia nenhuma operação que justificasse os lucros, mas apenas a operação de uma suposta pirâmide financeira que movimentou cerca de R$ 4 bilhões no Brasil.
No começo deste ano, a empresa de Francisley chegou a entrar na mira da Interpol. O empresário esbanjava carros de luxo, mansão de R$ 64 milhões em Santa Catarina, barras de ouro, relógios e outros bens.
Uma das vítimas do suposto golpe teria sido o cantor cearense Wesley Safadão, que ficou com um jato de R$ 37 milhões como garantia de pagamento pelos seus “investimentos” na companhia. Outros credores da empresa alegadamente fraudulenta agora disputam na justiça com Safadão pelo valor da aeronave.
As informações são do parceiro Metrópoles.
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