O Bitcoin ultrapassou os 12 mil dólares por um breve momento, mas agora está caindo. O ouro estabeleceu novos recordes históricos, mas desde então recuou. O índice de ações americanas S&P 500 continua subindo cada vez mais.
Ainda assim, todos esses ativos têm uma coisa em comum: eles correm o risco de uma correção considerável, principalmente devido à incerteza que paira sobre as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2020.
Entenda as principais razões pelas quais o confronto que se aproxima entre Trump e Biden pode desencadear uma forte queda nos mercados, especialmente no Bitcoin.
O que esperar da vitória de cada um dos candidatos americanos?
Em novembro os Estados Unidos verão o presidente Donald Trump defender sua presidência contra o ex-vice-presidente Joe Biden. Os anos de eleição são sempre cruciais para o mercado financeiro global e para o Bitcoin.
Inclusive existem teorias de que Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, tenha programado para que os halvings aconteçam de 4 em 4 anos para coincidir com as eleições americanas. Esse evento, que diminui a oferta de novos bitcoins, costuma chamar bastante atenção para a criptomoeda como forma de investimento.
A espera de uma nova eleição carrega consigo a preocupação dos possíveis impactos nas legislações tributárias e corporativas que podem mudar o sentimento do mercado. Por exemplo, a posse de Trump deu início a outro mercado de alta para as ações, e o Bitcoin caminhou junto.
Alguns analistas esperam que uma vitória de Joe Biden faça o oposto. Esses mesmos analistas temem que, em meio a uma das maiores recuperações já registradas e ao pico de exuberância, ainda há espaço para muitas incertezas.
Olhando para como as eleições anteriores nos EUA influenciaram cada mercado altista de Bitcoin, qualquer rompimento e novo recorde histórico aconteceu após cada eleição. Antes de cada eleição, o Bitcoin continuou oscilando abaixo da resistência.
Não está claro por que os investidores se sentiriam cada vez mais otimistas depois de passado as eleições, mas após cada ciclo até agora, parece haver uma correlação com o início de cada novo bull market.
No entanto, o mercado pode estar em uma nova fase econômica e política, principalmente após a pandemia. Por exemplo, o índice CBOE VIX, um índice de volatilidade que analisa a volatilidade implícita no S&P 500, sobe a cada ano eleitoral, sinalizando uma explosão geral. Mas agora, o VIX está apresentando níveis jamais vistos durante um ano eleitoral.
E embora a volatilidade do mercado acionário não tenha impacto direto sobre o Bitcoin, a última vez que ele superaqueceu, o BTC caiu junto. Desde aquele dia, o Bitcoin tornou-se repentinamente mais correlacionado com o índice do mercado de ações S&P 500, como nunca antes em toda a sua existência.
Se isso significa que o Bitcoin atraiu um tipo diferente de investidor, ou se há outra dinâmica em jogo, não se sabe. No entanto, a correlação nos últimos dois trimestres desde o início da pandemia aumentou significativamente.
No passado, o Bitcoin não era capaz de tirar seu recorde anterior até o fim da eleição e um novo presidente fosse empossado. Desta vez, o mercado pode preferir uma vitória repetida de Trump, por um provável ambiente mais favorável para o mundo corporativo continuar prosperando.
Seja qual for o caso, os mercados tendem a ser mais voláteis e, portanto, muito mais arriscados nos dias que antecederam o confronto final entre Trump e Biden para a Casa Branca.
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