Eduardo Diniz, professor da FGV EAESP, é a favor do monopólio do setor público sob a moeda e plataformas de pagamento, para que o Estado garanta a livre competição.
Ele comenta, em audiência na Câmara dos Deputados que trata sobre os CBDCs, os possíveis problemas em deixar nas mãos de empresas privadas o sistema de pagamentos:
“Por outro lado, essas plataformas tecnológicas têm um risco muito alto de concentração… é uma situação em que o Estado tem que retomar o controle dessas situações para evitar problemas futuros” – afirmou o professor.
Diniz cita a China como exemplo, na qual duas grandes empresas “monopolizaram” o sistema de pagamentos, o Alipay e o WeChat Pay (Tencent).
“Pagamentos é um ponto crítico de todos os serviços financeiros que a gente utiliza,… então você deixar a situação sob controle de empresas privadas nesta situação no país, é um risco muito grande. Aliás, isso de certa forma aconteceu com a China.”
Atualmente, o governo chinês está criando sua própria moeda digital, garantindo a capacidade de perseguir opositores políticos e congelar fundos de quem quer seja em apenas um apertar de botão.
A concentração de usuários nas big techs (como Google e outras) é vista por muitos como um sério problema. Mas diferentemente do Estado, no qual você é obrigado a usar todos os serviços, a qualquer momento um usuário pode abandonar o Facebook, Twitter ou qualquer rede social.
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