A recente promoção de Pan Gongsheng ao cargo de principal oficial do Partido Comunista no Banco Popular da China (PBOC), a instituição que declarou ilegais todas as transações relacionadas a criptomoedas em 2021, colocou um fim nas especulações de que a China poderia estar prestes a suavizar a proibição do comércio de ativos digitais.
Em 2017, Pan fez um comentário inusitado e vibrante para um burocrata chinês durante um dos primeiros apertos sobre as criptomoedas, citando uma análise do professor da Kedge Business School, Eric Pichet. “Se você sentar à beira do rio e observar, um dia verá o cadáver do Bitcoin flutuando à sua frente“, disse Pan, que também defendeu as ações regulatórias contra as criptomoedas.
“Com base em meu conhecimento, nenhum governador do PBOC apoiaria o Bitcoin,” afirmou David Qu, economista da Bloomberg Economics na China com oito anos de experiência no banco central.
Apesar de alguns empresários, como Justin Sun, conselheiro da bolsa digital Huobi, e Changpeng ‘CZ’ Zhao, fundador da maior corretora de criptomoedas Binance, sugerirem uma possível reversão da política de proibição das criptomoedas na China, a postura oficial do país continua a ser de cautela e resistência aos ativos digitais.
Alguns acenos, como bancos de Hong Kong incentivando a compra de criptoativos e lançando produtos para o setor iniciaram especulações no setor. Apesar disso, o território autônomo é visto de maneira diferente da China continental pelas autoridades do Partido Comunista.
Enquanto isso, Bitcoin permanece estável na segunda-feira, a $30.670, às 9h em Londres. O maior ativo digital subiu 85% em 2023, mas ainda está muito abaixo do pico de quase $69.000 em 2021.