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Propostas para o mercado de carbono e posicionamento do agro na Cúpula do Clima

Na última quarta-feira (09/11), o enviado dos Estados Unidos à COP 27, John Kerry, anunciou uma nova proposta para o mercado de carbono batizada de Energy Transition Accelerator.

Por intermédio desse projeto, será criado um plano de compensação de carbono, que irá ajudar os países em desenvolvimento na sua transição energética pelo investimento em renováveis. Chile e Nigéria já demonstraram interesse na proposta.

O financiamento ficará a cargo da Fundação Rockefeller e da Bezos Earth Fund, mas empresas como a Microsoft, Bank of America, Pepsi e Standard Chartered Bank  também poderão se tornar patrocinadores. Independente dos nomes por trás disso, os aportes monetários serão realizados até 2030.

Em sua apresentação, Kerry declarou que “nossa intenção é colocar o mercado de carbono para trabalhar, empregar capital, acelerar a transição da energia ‘suja’ para a ‘limpa’, aposentar o carvão e acelerar as renováveis”.

Mas, tanto a equipe liderada por António Guterres (secretário-geral da ONU), como alguns ambientalistas teceram críticas à essa proposição por acreditarem que isso pode atrasar, de maneira efetiva, a redução das emissões. Guterres apoiou a ideia, mas com ressalvas.

O agro na COP 27

Um consórcio dos gigantes do agronegócio trabalhou 1 ano na criação do Roteiro do Setor Agrícola 1,5ºC, compromisso firmado na última edição da Cúpula do Clima. 

Agora, na COP 27, foram apresentadas as estratégias para reduzir as emissões de carbono a partir do uso da terra – e isso alcança segmentos como o da pecuária sustentável, cultivo de soja e óleo de palma.

O documento possui 3 linhas de ação: 

  • Envolver a cadeia de suprimentos em ações para reduzir as emissões;
  • Impulsionar a transformação de commodities;
  • Apoiar uma transformação positiva do setor de florestas.

De maneira geral, serão efetuados inventários de emissões, responsabilização quanto a questão florestal/perda de cobertura e adoção de práticas mais sustentáveis para o uso de terras. 

As 14 empresas envolvidas no consórcio são: ADM, Amaggi, Bunge, Cargill, COFCO, Golden Agribusiness and Food, JBS, LDC, Marfrig, Musin Mas, OFI, Olam Agri, Viterra e Wilmar.

Fontes: Infomoney / Exame

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