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Quase metade das pirâmides financeiras no Brasil envolvem Bitcoin e criptomoedas, revela pesquisa

O crescimento do número de casos de pirâmides financeiras no Brasil há anos vem chamando atenção de importantes órgãos reguladores, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que disciplina e fiscaliza o mercado de valores mobiliários, aplicando punições àqueles que descumprem as regras estabelecidas.

Uma pesquisa divulgada pela própria CVM levantou dados sobre o perfil das vítimas e identificou que 43% das pirâmides financeiras envolvem criptomoedas. 

O grande ponto é que as criptomoedas são usadas apenas no discurso dos fraudadores, que justificam os retornos exponenciais recebidos pelos seus clientes afirmando que o dinheiro deles está sendo investido em criptomoedas de grande potencial.

Segundo a pesquisa, o principal meio de divulgação desses golpes é o Whatsapp (correspondente a 27,5% da divulgação de todos os golpes), que por não ser bem regulado, não oferece muitos limites e dificuldades aos golpistas. 

Como boa parte das vítimas não entende profundamente o mercado e costuma se encantar facilmente por promessas de “ganho fácil com poucos riscos envolvidos”, muitos caem nesses golpes.

Só em 2020, a CVM enviou 325 denúncias de indícios de crimes financeiros aos Ministérios Públicos (Estaduais e Federal), um aumento de 75% em relação ao que houve no ano de 2019.

Os dados revelam algumas das características mais comuns das vítimas, que são:

  • Homens (91%);
  • 30 a 39 anos (36,5%);
  • Renda familiar de 2 a 5 salários mínimos (23%);
  • Ensino superior completo ou pós-graduado (71%).

É preciso ter muito cuidado com promessas de ganhos fáceis e que envolvem baixo risco. Baixo risco no mercado só se vê em produtos de renda fixa, que hoje no Brasil não rendem tanto por ano. Altos rendimentos podem ser vistos em mercados como os de criptomoedas, que envolvem grande risco.

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