O objetivo do Cointimes é educar o mercado, provendo conteúdo original e de qualidade. Para ajudar em nosso objetivo, vamos lançar relatório semanal da BOVESPA para que você possa se manter informado no mercado.
Relatório semanal da BOVESPA
A BOVESPA começou a semana na casa dos 85.760 pontos, mas viu o índice recuar durante a semana com a baixa nas principais bolsas do mundo, principalmente nos mercados americano e asiáticos. No entanto, o mercado começou a se recuperar na quinta-feira, alcançando os 84.084 pontos, buscando alcançar o mesmo patamar do começo da semana.
A mínima da semana foi de 83035 e a máxima foi de 85786. Isso mostra que a semana foi bastante volátil no mercado de ações, principalmente por conta do período eleitoral e momento de indefinição no mercado internacional, que pode estar revertendo sua tendência para os próximos anos.
A NASDAQ, principal bolsa americana, começou a semana em queda, o que refletiu também nas principais bolsas asiáticas. Nesse cenário, a BOVESPA reagiu refletindo uma baixa para o patamar de 83000 pontos nessa semana.
O Dólar Comercial, por sua vez, abriu a semana em R$3,71 e fechou em R$3,74, apresentando uma leve apreciação por conta do período eleitoral e instabilidade internacional. Sua cotação média da semana foi de R$3,71 e sua Co-variância foi 0,48%, isto é, o quanto a cotação diária afasta da média.
O Volume médio diário negociado foi de R$13,40bi em uma média de 1.450.300 de negociações diárias, acompanhando a alta do volume na Bovespa durante todo o ano, o que mostra crescimento do mercado de Renda Variável no Brasil com a baixa da taxa SELIC que se manteve em 6,50% ao ano, pouco atrativo para renda variável.
A previsão do IPCA subiu de 4,43% para 4,44%, se aproximando do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central do Brasil que é de 4,50%. O Índice Geral de Preços (IGP-M) até setembro foi de 1,52%, apresentando uma alta em relação a agosto.
Quem subiu
O grande destaque da semana foi do setor varejista com a VIAVAREJO, com valorização de 17,23%. Ainda assim, a empresa varejista vem de 26% de perdas acumuladas ao longo do ano. Seu últim balanço não cumpriu o esperado e a tendência é de queda para as próximas semana, mesmo que sua receita líquida tenha crescido
O destaque da semana vai para a CEMIG, conhecida por compor as ações do “kit-eleição”. A empresa já se valorizou 74,77% durante o ano e as seguidas altas confirmam sua tendência de expansão.
Quem caiu
O maior perdedor da semana foi a COSAN. A companhia informou, por meio de fato relevante, que irá avaliar a viabilidade de incorporação da Cosan Log pela Cosan. O objetivo é simplificar e otimizar a estrutura societária do grupo e reduzir os custos operacionais. Tal decisão desagradou investidores, o que refletiu na maior baixa da semana.
Destaque negativo também para a AMBEV, a maior cervejeira do país decepcionou na apresentação de balanços e amargou uma queda de 9,91% de seus papéis na semana. Em três anos a empresa já sofreu 22,60% no preço de seus papéis e a queda semanal confirma a tendência de baixa.
O que vem por aí
O resultado das eleições presidenciais vai causar mais uma semana de volatilidade dependendo do vencedor. O mercado expõe sua escolha por Jair Bolsonaro desde o começo do primeiro turno, haja vista a reação positiva da BOVESPA e do Dólar a cada pesquisa eleitoral que mostrava o candidato do PSL em vantagem.
Por outro lado, uma virada de Fernando Haddad provocaria turbulência no mercado a curto-prazo, sendo provável uma queda razoável no índice da BOVESPA.
Também é preciso ficar atento aos desdobramentos do mercado internacional na próxima semana. A economia americana está no auge, entretanto, economistas já questionam se esse ciclo esteja chegando ao fim. Uma recessão poderia provocar sérios danos ao mercado brasileiro no curto prazo.
Leitura sugerida:
https://cointimes.com.br/nem-bolsonaro-e-nem-haddad-salvam-economia/
https://cointimes.com.br/cotacao-do-dolar-eleicoes/
Este tipo de conteúdo é relevante para você ou alguma pessoa que você conhece? Se for, siga e compartilhe a página do Cointimes e se mantenha sempre atualizado no mercado – Facebook, Twitter, Instagram.