Com a alta dos preços gerais neste ano, nenhum investimento foi capaz de superar o cenário inflacionário: tanto a renda fixa, quanto a renda variável tiveram rentabilidade real negativa.
A única exceção foi o Bitcoin, que teve um retorno real de mais de 38% entre janeiro e setembro.
Dados mostram a corrosão de valor na Bolsa e no Bolso da população
O IPCA-15 de setembro, que é a prévia da inflação do mês, registrou alta de 1,14%, depois de já ter subido 0,89% em agosto.
Esse foi o maior IPCA-15 desde fevereiro de 2016 (1,42%) e o maior para um mês de setembro desde 1994. Considerando este índice, a inflação já acumula alta de 7,02% no ano e de mais de 10% em 12 meses.
Para saber a rentabilidade real dos investimentos brasileiros, é descontado do valor nominal a taxa de inflação. Então, conforme os dados do IBGE, a equipe do O Globo Economia mostrou que, nem os investimentos de renda variável conseguiram ter um retorno real de investimento positivo.
Ou seja, considerando a inflação, somente o Bitcoin conseguiu manter seu valor real intacto diante da corrosão de valor real dos investimentos disponíveis no mercado. Veja nos gráficos abaixo:
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A inflação é por sua própria natureza a antítese de um padrão Bitcoin, dada a oferta fixa da criptomoeda e a curva de emissão decrescente, que não pode ser manipulada. Por isso é muito fácil para o investidor de bitcoin se sentir seguro em um cenário econômico como este.
Contudo, para a maioria da população brasileira, a pressão inflacionária é sentida diretamente no seu bolso. A perda do poder de compra do salário de um trabalhador, por exemplo, além de afetar as ações do Ibovespa, terá um impacto expressivo na quantidade de produtos que ele poderá comprar no mercado.
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