As stablecoins fornecem uma estabilidade muito procurada nos mercados voláteis de criptomoedas.
No entanto, dizem que podem afetar o preço do bitcoin de maneira drástica. O Tether (USDT), em particular, continua a ser amplamente examinado por isso, com processos judiciais recentes sobre conflitos de interesse e manipulação de preços sendo fortemente contestados.
Mais importante, no entanto, é a realidade de que algumas stablecoins são prejudiciais à adoção do bitcoin. Uma espécie de banco de reservas fracionárias 2.0.
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Com lastro no Estado
Em certo sentido, as stablecoins podem ser divididas em duas grandes classes: aquelas que dependem de decreto (dinheiro emitido pelo governo) e aquelas que alavancam outros ativos ou mercadorias não baseados em decreto pelo seu valor.
O USDT, por exemplo, é um ativo gerenciado centralmente que depende inteiramente do sistema monetário fiduciário para sua estabilidade de valor.
O Tether começou com as reivindicações de ser “1 para 1” e resgatável em dólares americanos, porém essa política foi alterada.
A Tether alterou silenciosamente essa descrição para incluir “moeda tradicional e equivalentes de caixa e… outros ativos e recebíveis de empréstimos feitos pela Tether a terceiros.”
Compreensivelmente, essa mudança causou um alvoroço na comunidade de criptomoedas por pessoas mais céticas.
Argumenta-se que, enquanto o ativo é lastreado, ele não pode ser comparado a reserva fracionária bancária, o processo utilizado pelos bancos regulados pelo governo para emitir mais dinheiro do que o que está realmente disponível, a fim de fornecer liquidez e lubrificar as rodas de uma economia.
Em setembro do ano passado, mesmo essa ideia foi posta em dúvida, quando o co-fundador da Tether, William Quigley, declarou:
“Fosse o Tether apoiado por um dólar ou não, na verdade não importaria se todos concordassem em aceitá-lo e valorizá-lo como um dólar.”
Com a contínua impressão em massa de novas tethers, políticas vagamente redigidas, múltiplos processos judiciais e falta de auditorias completas e abertas, a declaração parece implicar que o Tether poderia tanto ser apoiada pela fé quanto por dólares.
Como o Tether é a stablecoin mais amplamente usada de acordo com os relatórios, e seu valor de mercado cresceu de cerca de US$ 10 milhões para mais de US$ 4 bilhões no espaço de três anos, parece não haver escassez de crentes.

Ironicamente, essa maneira baseada na fé de visualizar uma moeda é semelhante ao sistema em que os próprios dólares americanos são construídos, com uma diferença crítica: o Tether não está forçando você a acreditar nela.
É claro que o dólar não é mais lastreado em ouro como era antes, mas no seu uso em massa. Uso esse que é resultado de não haver outra opção segura.
A recusa em realizar transações dentro dos limites do paradigma baseado em USD geralmente resulta em sequestros, prisões, multas ou outros fatores, e, como tal, é mais fácil concordar e seguir em frente, do que arruinar a própria vida.
Em um sentido muito real, o tether pode ser visto como um ativo fiduciário em cima de um ativo fiduciário do governo. Centralizado, opaco e dependendo da fé, e não da verdadeira viabilidade do mercado por seu valor.
Isso não quer dizer que não seja útil ou viável no atual contexto dominado pelos estatistas, mas para muitos o objetivo do bitcoin era escapar dessa loucura – não abraçá-la sem questionar.
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“[R]eserva fracionária bancária, o processo utilizado pelos bancos regulados pelo governo para emitir mais dinheiro do que o que está realmente disponível, a fim de fornecer liquidez e lubrificar as rodas de uma economia”.
Que lindo. Na realidade, “reserva fracionária” é a fraude consistente em emitir dinheiro fictício e inflacionário a custo zero, em troca de obrigações a serem pagas em dinheiro real e acrescidas de altos juros e tarifas, também a serem pagos em dinheiro real.
Beneficiário da fraude é o banqueiros privado, que recebe licença estatal para praticá-la, assim como seu agentes infiltrados nos setores público e privado.
Vítima da fraude é o resto da população, seja pelo endividamento privado, seja pelo endividamento público, seja pelos impostos e privatizações de bens e serviços públicos para pagar pelo endividamento público, seja pela inflação, que corrói suas economias, seja pela corrupção dos agentes do Estado pelo banqueiro privado.
Resultado da fraude é a expropriação total dos bens públicos e particulares em favor do banqueiro privado, incluindo a privatização de bens e serviços públicos, e a total escravização da população aos interesses do banqueiro privado, que assume o controle soberano da economia e dos diverso setores da estado, do governo e da sociedade em geral.
Antecedente mitológico da fraude são os 7 anos de vacas gordas (juros baixos) seguidos dos 7 anos de vacas magras (juros altos) que reduziram um país pujante como o Egito do faraó à pobreza e à escravidão, sob o comando do banqueiro hebreu José, filho de Jacó, filho de Isaque, filho de Abraão.
Reação à fraude foi a nacionalização do banco central da Alemanha, que era privado, em 1933, após este ter levado o país a gigantesca hiperinflação e reduzido o povo à miséria e ao desespero.