Pavel Durov, o programador fundador do Telegram, disse nesta segunda-feira que o pretende adicionar um pouco da Web 3.0 ao aplicativo, citando leilão de nomes de usuários por criptomoeda.
No momento em que esta matéria está sendo escrita, está rolando um leilão de domínios .TON (ponto ton), iniciado pela Open Network, uma rede e plataforma blockchain desenvolvida pelo Telegram.
Em dns.ton.org, acontece um leilão aberto de nomes de domínio, onde usuários podem comprar sites por 50 TON, 100 TON ou outras quantias dependendo da relevância do nome.
Até agora, mais de 2 mil domínios encontraram novos donos, que coletivamente pagaram 2,3 milhões de Toncoins, o equivalente a 2,76 milhões de dólares de acordo com a cotação atual. Os domínios mais caros foram wallet.ton (US $260 mil) e casino.ton (US $244 mil).
Comemorando o sucesso do leilão, Durov disse em seu canal oficial no Telegram que estaria agora considerando colocar em leilão usernames reservados, links de grupos e canais (t.me/…) do Telegram.
“Isso criaria uma nova plataforma onde os titulares de nome de usuário poderiam transferi-los para as partes interessadas em acordos protegidos – com propriedade garantida no blockchain por meio de contratos inteligentes do tipo NFT. Outros elementos do ecossistema do Telegram, incluindo canais, adesivos ou emojis, também podem se tornar parte desse mercado.
Quando se trata de escalabilidade e velocidade, a TON provavelmente tem a melhor tecnologia para hospedar essas vendas descentralizadas. Nossa equipe pode escrever contratos inteligentes à prova de balas para a TON (já que fomos nós que inventamos sua linguagem de contrato inteligente), então estamos inclinados a experimentar a TON como a blockchain subjacente para nosso mercado futuro.
Vamos ver se podemos adicionar um pouco de Web 3.0 ao Telegram nas próximas semanas.”, escreveu o CEO do Telegram.
Para quem não lembra, a empresa por trás do gigante aplicativo de mensagens já falhou em lançar a sua própria criptomoeda uma vez, chamada de GRAM. Após problemas com a CVM americana, o Telegram desistiu da ideia e, em agosto do ano passado, propôs que um grupo independente nomeado Open Network criasse a Toncoin (TON).
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