Carteiras de criptomoedas que possuem mais de US$1 milhão em fundos de origem ilícitas, denominadas por “baleias criminosas” pela Chainalysis, detém coletivamente mais de US$25 bilhões (~R$130bi) em cripto, segundo relatório.
Recentemente o Departamento de Justiça dos EUA realizou a maior apreensão de bitcoins da história (US$3,6bi), dando um fim a jornada dos hackers da Bitfinex, que furtaram 119 mil BTC da corretora em 2016.
Porém, segundo um relatório publicado pela Chainalysis nesta quarta-feira (16), ainda há muito trabalho para ser feito pelas autoridades policiais, com 4068 baleias criminosas identificadas pela Chainalysis segurando coletivamente US$25 bilhões em criptomoedas.
No cenário mais amplo, isso representa apenas 3,7% de todas as baleias do cripto-mercado. Em outro estudo, divulgado no início deste ano, a empresa de análise revelou que crimes com criptomoedas chegaram a US$14 bi em 2021, mas representam apenas 0,15% do total de transações do ano passado.
O relatório ainda cita que casos como o do hack da Bitfinex reforçam que as atividades com criptomoedas são rastreáveis e devem desencorajar os criminosos a utilizarem como ferramentas de seus crimes.
Separando os crimes por categorias como golpes, furtos, sanções, ransomwares, mercados da darknet, etc., os fundos furtados dominam o saldo de carteiras relacionadas a atividades criminosas.
No final de 2021, os fundos roubados representavam 93% de todos os saldos de criminosos em US$ 9,8 bilhões. Os fundos de mercados da darknet são os próximos em US$ 448 milhões, seguidos por golpes em US$ 192 milhões.
Outro dado notável foi o aumento de cerca de 267% dos saldos de carteiras relacionadas a atividades ilícitas de 2020 para 2021. No final do ano, os criminosos detinham US$ 11 bilhões em fundos com fontes ilícitas conhecidas, em comparação com apenas US$ 3 bilhões no final de 2020, de acordo com o estudo.
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