Lucas Almeida, o jovem de 20 anos que furtou mais de R$ 200 mil da conta de Neymar Jr., disse que há fragilidades no sistema bancário disponíveis para todo mundo explorar.
O golpista não deu detalhes de como conseguiu invadir a conta bancária do jogador, mas o delegado do caso afirma que ele “pegou a senha do seu companheiro de sala e começou a fazer pequenos furtos”.
Lucas era funcionário de uma empresa terceirizada da instituição financeira que Neymar utilizava para guardar dinheiro. Claramente, o dinheiro no banco, cujo nome não foi divulgado, não estava seguro.
Outras pessoas famosas de alto poder aquisitivo também foram vítimas dos furtos, relatou o delegado Fábio Pinheiro, diretor do Deic-SP. Ele tirava o dinheiro por parcelas de 5 a 10 mil reais, até que movimentou uma grande quantia de dinheiro e foi percebido pelo Neymar ou sua equipe.
“Acho que eles não perceberam esses saques de 10 mil reais, e só foram perceber quando ele [Lucas] perdeu a vergonha e fez um de 50 mil. Aí chamou atenção, eles procuraram o banco e o banco descobriu toda essa fraude.”, disse Pinheiro.
Neymar foi rapidamente ressarcido pelo banco, que assumiu o prejuízo. Algo incomum para a maioria dos brasileiros quando sofrem golpes similares.
Golpista pede desculpas e alerta para fragilidade bancária
Em entrevista para a Band, Lucas pediu desculpas para Neymar e disse que “queria demonstrar a fragilidade do sistema”. “Realmente há fragilidade, inclusive se tiver alguém com interesse ou algo do tipo, mas… Mas foi isso aí.”, falou o golpista aparentemente sem terminar o que queria dizer.
Ao ser questionado sobre que tipo de fragilidade o banco apresenta, o golpista se contentou em dizer: “Dada a circunstância, já podem pensar. É isso o que eu tenho para falar.”
Complementando, Lucas afirmou que não precisou conhecer ninguém que tinha acesso às contas bancárias e disse: “O sistema está lá disponível para todo mundo e cada um faz o que quer. É isso.”
Sobre uma possível devolução do dinheiro, o golpista perguntou: “Que dinheiro? Não tem dinheiro. O banco já devolveu o dinheiro dele e comigo não tem mais nada. Se virem lá minha casa, tá tudo ok lá. […] não há dinheiro a ser devolvido.”
O jovem usou o dinheiro desviado para “investir em sua casa, tudo certinho”, de acordo com as suas palavras.
Enquanto isso, os criptoativos do Neymar, incluindo NFTs milionários, continuam intocados, pois a segurança depende da chave privada de suas carteiras digitais, que ficam sob sua posse, em vez de depender da confiança e boa fé de inúmeros desconhecidos que estão por trás dos bancos.
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