A Mirena, braço de investimentos da Bybit, é credora da Genesis, empresa cripto que entrou com pedido de falência nesta quinta-feira (19).
A Bybit, segundo ranking da coinmarketcap, é a 11ª maior corretora cripto do mundo. Com a saúde financeira da Mirena ameaçada, usuários temem que a corretora experimente um colapso semelhante ao da FTX.
No caso da empresa de Sam Bankman-Fried, fundos dos clientes da empresa teriam sido enviados sem consentimento para a Alameda Research, empresa de trading liderada por Caroline Ellison. Operações irresponsáveis levaram ambas as empresas à falência, lesando usuários em bilhões de dólares. Ellison se declarou culpada de acusações como fraude e lavagem de dinheiro.
Ben Zhou, CEO da Bybit, fez uma tuíte para tentar esclarecer a situação aos seus clientes:
“A Mirana é o braço de investimentos da Bybit. A Mirana apenas administra alguns dos ativos da Bybit. Fundos de clientes são separados, e o programa Bybit earn não utiliza a Mirana. Dos US $151 milhões que a Genesis supostamente deve à Mirana, cerca de US $ 120 milhões são em posições colateralizadas que a Mirana já liquidou”, disse o executivo chinês.
Alguns usuários, entretanto, levantaram questionamentos.
J3nqT9 comentou que o fato de Zhou dizer que apenas “alguns dos ativos da Bybit” são administrados pela Mirana, sem especificar valores, é preocupante, porque esses “alguns” poderiam ser quantias de 8 ou 9 dígitos.
Falência da Genesis
Conforme noticiamos hoje pela manhã, a Genesis Global Holdco LLC, controladora da plataforma de criptomoedas Genesis Global Capital, entrou com pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos devido a dois grandes colapsos na indústria em 2022.
A empresa e suas subsidiárias Genesis Asia Pacific Pte. Ltd e Genesis Global Capital, LLC, fazem parte do conglomerado cripto Digital Currency Group (DCG), dono também do CoinDesk e da gestora de ativos digitais Grayscale.
A Genesis estima ter mais de 100.000 credores e entre US $1 bilhão e US $10 bilhões em passivos, bem como ativos de valor não especificado. A corretora deve mais de US $3,5 bilhões a seus 50 principais credores, incluindo a exchange cripto Gemini, dos irmãos bilionários Winklevoss.
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