A guerra entre Estados para atrair mineradores de bitcoin tem se acirrado em 2020 e o último competidor é o Cazaquistão.
Após a Venezuela anunciar a criação de uma pool estatal para mineração de bitcoin, o Cazaquistão oferecerá mineração de bitcoin livre de tributação. O país com 18 milhões de habitantes e cercado por China e Rússia está crescendo fortemente nessa área.
O suprimento de energia barata a apenas 4 centavos de dólar, somado ao banimento russo de exchanges de bitcoin e a proximidade com produtores chineses de máquinas específicas para mineração fazem do pequeno país um local quente para mineração de criptoativos.
A mineração digital no país já conta com mais de 14 fazendas estimadas em US$200 milhões. Mas o governo não planeja parar por aí e quer que essa indústria coloque o Cazaquistão no mapa do bitcoin.
O governo espera que quase 1% do PIB de US$180 bi venha de criptoativos minerados. De acordo com o Ministro de Desenvolvimento Digital, Inovação e Aeroespacial Bagdat Musin, a indústria de mineração de criptomoedas deve atrair investimentos no valor de 300 bilhões de tenge ($ 700 milhões) nos próximos anos, que podem ser aumentados para 500 bilhões de tenge ($ 1,2 bilhão) até 2025
Para isso, o governo pretende ajudar a empresa Engenix na criação da maior fazenda de mineração do mundo. Serão 15 Hectares doados pelo governo para a empresa Enegix, garantia de 150 MW de potencial, US$24 milhões investidos em infraestrutura de energia e mais de 160 pessoas contratadas para manutenção do local.
O treinamento e maquinário virá da China, com apoio da gigante Bitmain. A aposta é grande, mas não é apenas eles que estão de olho nessa indústria.
EUA, China, Venezuela, Irã, Coreia do Norte
Após acordo comercial bilionário com o Irã, os chineses invadiram o país com máquinas de mineração. O país do oriente médio pretende se tornar um hub de mineração.
Veja mais sobre a história do Irã com o Bitcoin em “Mineradores de Bitcoin invadem Irã após acordo de US$400 bi com China“.
Venezuela e Coreia do Norte também estão minerando bitcoin e outras criptomoedas, estes países usam da impossibilidade de censura na rede para transacionar com outros países sem usar o sistema bancário tradicional.
Enquanto a China continua como líder na mineração e faz propaganda dos criptoativos na mídia estatal.