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Centralização da mineração de Bitcoin atinge níveis recordes

Hash rate bitcoin centralização

Os mineradores chineses de Bitcoin agora controlam uma proporção recorde do hashrate da rede, de acordo com uma nova pesquisa. Estima-se que 65% da mineração BTC aconteça agora na China.


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O CoinShares, um fundo de investimento em ativos digitais, notou essa alta histórica desde que a empresa começou a monitorar a rede no final de 2017.

Uma pesquisa publicada em outubro de 2018 em Princeton e na Florida International University estimou que 74% do hashpower é gerenciado por pools de mineração chineses⁠.

Pools são serviços que permitem aos mineradores reunir seus recursos e distribuir os pagamentos de recompensas da mineração, para aumentar a previsibilidade do faturamento de minerar Bitcoin.

No entanto, esses números são um fraco indicador da centralização da mineração, porque os mineradores de qualquer localização geográfica podem participar desses pools chineses.

Top 10 mineradores influentes do Bitcoin, mais de 60% do hashrate está nesse palco, o que significa uma centralização grande
“Top 10 mineradores mais influentes de 2019.” O investidor chinês Dovey Wan afirmou facilmente havia mais de 60% do hashrate do Bitcoin representado nesse palco.

A mineração é centralizada na China porque a maioria dos hardwares de Bitcoin são fabricados no país – com gigantes como Bitmain, Canaan e MicroBT dominando a paisagem. Os clientes chineses tendem a obter preços preferenciais e evitar o atrito de tarifas e remessas, de acordo com fontes familiarizadas com o setor.

Embora a grande empresa Bitmain esteja expandindo suas distribuições também para a America Latina, o que pode diminuir a centralização nos próximos anos.

Enquanto isso, a energia hidrelétrica barata faz de Sichuan um dos melhores lugares do mundo para implantar hardware de mineração. Estima-se que 54% da participação mundial na mineração acontece somente nesta região da China.

“A centralização do hashrate ameaça a promessa final das redes de criptomoedas: que nenhuma parte ou grupo controla o blockchain ou o fluxo de transações”, disse a especialista em mineração Kristy-Leigh Minehan à Crypto Briefing.

“Qualquer número de desastres naturais ou ameaças em nível estadual pode causar turbulência na rede, seja por meio de tempos de bloqueio aumentados, custos de transação ou censura de transação em nível estadual”.

Esses números são contrários à narrativa de que os EUA estão em ascensão como um centro de mineração que poderia desafiar a China. Em outubro, a Bitmain lançou uma instalação de 50 megawatts no Texas. Apenas no mês passado, a Northern Bitcoin AG e a Whinstone U.S. Inc. se uniram para abrir uma instalação de Bitcoin de 100 acres no mesmo estado.

No entanto, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China põe em risco a indústria de mineração americana. Tarifas crescentes em hardware prejudicarão ainda mais as margens.

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