Brian Armstrong, CEO da Coinbase, declarou na quinta-feira (18) que se recusaria a censurar a blockchain Ethereum usando a participação concentrada de sua plataforma no protocolo.
Se for obrigado pelo governo a fazer isso, Armstrong optaria por encerrar o serviço.
Armstrong deixou suas intenções sobre a centralização do staking de ETH claras. De acordo com a Dune Analytics, 66% do staking de ETH na beacon chain é detido por entidades que são reguladas pela Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC).
Armstrong afirmou que se a Coinbase fosse colocada na posição de ser obrigada a fazer transações pela OFAC, é provável que a exchange optaria por encerrar seu serviço de staking, em vez de cumprir com a lei.
“É uma hipótese que esperamos não enfrentar de fato. Pode haver alguma opção melhor, ou também um desafio legal que possa ajudar a alcançar um resultado melhor.”
Acrescentou ele.
Na semana passada, a OFAC sancionou o Tornado Cash, protocolo de privacidade baseado no Ethereum. Isto despertou preocupações de que eles possam estar dispostos a censurar o Ethereum em nível de protocolo caso isso esteja em seu poder.
Sob o sistema de prova de participação (proof-of-stake ou PoS), aqueles que detêm uma grande participação na rede têm uma maior participação de voto na determinação do estado do ledger. Se entidades com uma participação líquida além de um determinado limite conspirarem, elas podem censurar transações à vontade.
O Ethereum usa atualmente a prova de trabalho (proof-of-work ou PoW), mas planeja fazer a transição para a prova de participação em meados de setembro.
O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, confirmou que veria essa censura como um ataque ao Ethereum.
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