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CEO da Rispar desafia clientes a tentar sacar da plataforma

Transação de Bitcoin

Rafael Izidoro, CEO da empresa de empréstimos colateralizados em bitcoin Rispar, incentivou que seus usuários tentassem realizar saques da plataforma para mostrar que possuem reservas suficientes para atender a todos.

O proof-of-keys, geralmente celebrado no dia 3 de janeiro de cada ano, é um evento criado por entusiastas de criptomoedas para incentivar o saque de empresas que fazem a custódia destes ativos digitais. A ideia é popularizar o conceito de que somente quem detém as chaves privadas da carteira é de fato o dono das moedas.

Pois bem, para a Rispar, o proof-of-keys veio mais cedo. O presidente executivo da fintech anunciou no Twitter que estaria diminuindo as taxas de 0,25% para 0,15% para saques por tempo limitado para incentivar que os usuários testem a liquidez da empresa.

“Garantimos que você não vai encontrar nenhum cliente dizendo que não conseguiu sacar sua criptomoeda da nossa plataforma. Desafiamos você cliente a tentar realizar o saque.”, disse Izidoro nesta terça-feira.

Prova de reservas até início de 2023

Outro termo que passou a ficar mais popular nos últimos dias foi o proof-of-reserves, quando algumas exchanges grandes como a Binance começaram a seguir o exemplo da Kraken e revelar aos usuários em tempo real quantas moedas possuem em balanço.

A fintech brasileira de crédito colateralizado em BTC afirmou que também está trabalhando em uma ferramenta de prova de reservas. “Existe um esforço de tecnologia para isto, então teremos algo funcional no início do próximo ano.”, garantiu o CEO.

Essas falas foram retiradas de uma thread no Twitter onde Izidoro explica que a Rispar não busca yield (rendimentos) com as criptomoedas dos clientes. Segundo ele, quando um usuário deposita suas criptos na Rispar para pegar um empréstimo, as moedas ficam paradas em carteira da BitGo, empresa institucional de custódia de criptomoedas.

No dia 11 de novembro, em meio ao colapso da FTX, Rafael Izidoro também foi ao Twitter para assegurar que a QR Capital não tinha qualquer exposição à FTX ou à Alameda Research, fundo cripto dos donos da falida exchange que iniciou um efeito dominó no mercado.

A Rispar, com estrutura regulada pelo Banco Central, faz parte do grupo QR Capital e obtém sua linha de crédito de fundos (FIDC) geridos pela QR Asset Management. O produto oferecido pela empresa é de crédito com garantia em criptomoedas, e não de retornos sobre bitcoin e altcoins.

De acordo com Izidoro, existe a demanda por produtos que rentabilizam os bitcoins depositados na plataforma, mas ele alegou que a Rispar é enfática em não realizar serviços como esse. Isso porque existe um enorme risco de contraparte nesse tipo de operação, o que inclusive culminou na falta de liquidez de diversas empresas no início do ano, e novamente nas últimas semanas.

“Nossa taxa de juros é uma das menores do Brasil, mas não será menor que a taxa básica do país (SELIC). Não existem milagres, se a taxa de juros de uma plataforma é tão baixa a ponto de não rentabilizar ao credor o mínimo de um título público, desconfie: a sua garantia está sendo utilizada para pagar a outra parte.”, concluiu sua thread do dia 11.

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