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Comprar NFT com criptomoeda é inseguro e difícil, mas cartão de crédito é a solução, sugere MasterCard

MasterCard, criptomoedas e NFT

“Acreditamos que o processo de compra de um NFT precisa ser mais fácil e seguro.”. É assim que inicia uma publicação da MasterCard em seu blog oficial na última quinta-feira (9).

A boa notícia é de que a gigante empresa de pagamentos se mostrou entusiasmada em mergulhar na Web3 e no mundo dos tokens não fungíveis (NFTs), e anunciou estar trabalhando de perto com The Sandbox, Mintable, Immutable X, Candy Digital, Spring, Nifty Gateway e MoonPay.

A MasterCard está construindo uma maneira de conectar os seus 2,9 bilhões de clientes ao mercado cripto ao permitir que eles utilizem seus cartões de crédito para compras de NFTs e outros serviços relacionados das empresas listadas acima.

O anúncio oficial destaca que não haverá necessidade de comprar criptomoedas para adquirir NFTs em um marketplace do setor. No entanto, a mera necessidade de uma integração com a MasterCard expõe uma suposta ineficiência das criptomoedas em suprir as demandas dos compradores.

“Esses esforços mais recentes visam aproveitar o enorme potencial do mercado NFT, aumentando as opções de pagamento para os consumidores e expandindo as comunidades NFT. Estamos ansiosos para continuar nosso trabalho com todas essas empresas para garantir que esse mercado possa se tornar ainda mais acolhedor, acessível e fácil.”, diz a MasterCard.

Uma pesquisa realizada e divulgada pela própria MasterCard revelou que 40% dos mais de 35 mil entrevistados buscavam mais flexibilidade nos pagamentos de NFTs. De acordo com dados da BitInfoCharts, as taxas médias pagas por cada transação na rede Ethereum está no momento da escrita desta matéria em US$ 3,75 e variaram entre 10 e 30 dólares durante a maior parte do tempo entre 24 de outubro de 2021 e 10 de fevereiro de 2022.

Além disso, a MasterCard afirma que está aplicando um “conjunto completo de recursos para reforçar a segurança do cliente” em transações relacionadas às criptomoedas, oferecendo proteções semelhantes às que teriam ao comprar em um estabelecimento físico ou loja online com um cartão Mastercard.

Essas proteções provavelmente incluem, mas não se limitam a possibilidade de chargeback, ou seja, o estorno do pagamento em caso de fraude ou outro problema, a ser analisado pela própria emissora de cartões. A tecnologia por trás do Bitcoin, blockchain, foi introduzida há mais de 13 anos para remover os intermediários das transações financeiras, mas a demanda do público parece estar trazendo ela de volta.

A privacidade é outro ponto importante que se perde ao trazer de volta os intermediários aos pagamentos, com a empresa mantendo um banco de dados privado com todas as informações dos usuários. O pseudo anonimato da maioria dos blockchains públicos pode não ser o suficiente para alguns, mas é um enorme ganho de autonomia. A MasterCard, porém, usa ferramentas de segurança cibernética para proteger os dados do usuário, de acordo com o comunicado.

A entrada da MasterCard na Web3 e NFT é uma faca de dois gumes, bom para adoção, mas revela falhas na experiência de usuário dos meios mais autônomos de transacionar online. Essa demanda não significa que as criptomoedas estão fadadas a falhar, afinal existem diversos perfis de usuários, mas mostra que há muito trabalho pela frente para tornar os intermediários de fato desnecessários.

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