Por muitos anos o bitcoin foi conhecido como uma moeda usada para operações ilegais. Entretanto, a verdade é que a primeira criptomoeda é pouco usada para atividades ilícitas e acaba de ser abandonada pelo lado obscuro da internet.
O maior Darknet Market (DNM) do planeta, o White House market declarou oficialmente o banimento das negociações em bitcoin (BTC). Agora, o DNM aceitará apenas Monero (XMR).
“A solução alternativa do Bitcoin era supostamente para facilitar a transição para o XMR e conforme confirmamos ela está feita, a partir de agora nós aceitaremos apenas Monero, como o planejado”
– afirmou um comunicado do White House.
Este anúncio faz parte de uma tendência dos DNMs que cada vez menos aceitavam bitcoin, com Monero e outras moedas privadas ganhando espaço.
A criptomoeda Monero tenta imitar as características de anonimato do dinheiro em papel usando a tecnologia do blockchain e criptografia de alto nível para manter as transações seguras de grandes corporações e governos.
Bitcoin cada vez mais institucional:
Já o bitcoin está cada vez mais institucionalizado, com grandes empresas, fundos e corporações detendo bilhões de dólares no criptoativo. Este movimento leva a um maior escrutino das transações do btc.
Atualmente, todas as compras e vendas em exchanges devem ser reportadas para a Receita Federal, combinando isso a completa transparência do Bitcoin fica cada vez mais fácil para as autoridades reconhecerem qualquer ato ilícito com a criptomoeda.
Segundo a ex-promotora Kathryn Haun, Bitcoin é mais fácil de investigar que dinheiro ou transferências bancárias. A “falta de vontade” dos desenvolvedores do bitcoin em implementar recursos de anonimato e privacidade foi alvo de críticas pelo ativista Edward Snowden nos últimos dias.
Segundo dados da Chainalysis, menos de 1% das transações de bitcoin são usadas em atos ilícitos.