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E se o Banco Central comprasse Bitcoin?

bitcoin banco central

O governo brasileiro na pessoa do ministro da fazenda Paulo Guedes, já fez menções sobre a possibilidade de vender boa parte das reservas para reduzir um pouco da dívida nacional, como também amenizar o próprio custo de carregamento das reservas.

Contudo, essa medida gera muita polêmica, visto que as reservas do banco central têm um importante papel no controle cambial.

Controle esse, por exemplo, que falta aos nossos ‘hermanos’, que por não terem vastas reservas como nós. Atualmente sofrem com a forte desvalorização do peso argentino, que impede assim a recuperação econômica do país.

Mas, e se houvesse outra via um modo no qual os países pudessem pagar um pouco de suas dívidas, e, ainda assim, manter um bom volume em reservas.

Ao contrário de décadas passadas hoje o mundo não está à mercê apenas de dois grupos de moedas para suas trocas econômicas.

No caso a doméstica e as divisas como o dólar e euro, portanto, além das moedas fiduciárias emitidas por bancos centrais de seus respectivos países o avanço tecnológico nos trouxe uma novidade conhecida como criptomoedas ou simplesmente moedas digitais.

As suas características

As moedas podem se tornar uma terceira via para qualquer economia no mundo. Desde uma pequena empresa, ONGs ou até mesmo nações podem se beneficiar da tecnologia presente nos criptoativos.

Os criptoativos, ou moedas digitais, em aproximadamente dez anos estão se expandindo em mercados no mundo todo, e dentre as suas várias capacidades, duas podem ser destacadas quando o assunto é reserva internacional.

A primeira corresponde às suas emissões, que em geral são limitadas na maioria das criptomoedas, como por exemplo, o bitcoin, sendo assim, não existe a possibilidade da moeda inflacionar, logo nenhuma nação ou autoridade tem poder sobre as criptomoedas.

Características que remetem às commodities escassas com o ouro, porém melhor, tratando-se de um ativo digital. A segunda corresponde ao seu alcance global, pois não há restrições e nem bloqueios possíveis as criptomoedas, sendo desenvolvidas justamente para não haver restrições fronteiriças ou de censura, deste modo não existe “nacionalidade” para criptomoedas.

Sua utilidade

Para o Brasil um exemplo de como poderia ser útil como divisa, foi o recente caso em que o governo brasileiro ficou impossibilitado de pagar ao governo venezuelano uma dívida, referente ao fornecimento energético para estado de Roraima.

Na ocasião o governo brasileiro necessitou de um banco russo para pagar a Venezuela, no qual as sanções bancárias promovidas pelos EUA decorrentes da ditadura de Nicolás Maduro impossibilitaram o pagamento direto necessitando de uma triangulação entre os países.

Esse embrolho mostra as limitações do sistema de pagamentos vigente, que pôs em risco a segurança energética de um estado brasileiro.

Com as criptomoedas as transações entre nações poderiam ser feita de modo mais rápido, com boa liquidez, com muita transparência e consequentemente com mais segurança.

Rápidas, pois envolvem apenas dados digitais criptografados, que viajam para qualquer lugar do mundo na velocidade da luz na rede mundial de computadores e sem qualquer burocracia, onde poucos minutos são necessários para a confirmação da transação.

Embora seja um mercado incipiente já oferece uma boa liquidez, onde atualmente existem mais de 18.069 bolsas espalhadas em todo o mundo, com uma capitalização de mercado acima dos R$600 bilhões, porém que já teve um pico de quase três trilhões de reais em 2017.

Seguro, pois com uso da blockchain as movimentações podem ser auditadas por qualquer indivíduo com acesso à internet, e sem nenhuma possibilidade de bloqueios.

Os benefícios não estão apenas na tecnologia presente na funcionalidade dessas moedas digitais, mas também nas oportunidades que esse mercado abre para os bancos centrais poderem inovar em suas ações de promoção da estabilidade econômica.

Optar por essa via alternativa, ou seja, caso os governos adquirissem um pouco de criptomoedas para compor suas reservas, poderiam alcançar uma saída para suas dívidas sem se preocupar com a escassez de divisas.

Eliminando, por exemplo, o tradeoff que vive o atual governo brasileiro. Mas, para explicar tal fato se necessita, a priori, compreender como os preços do bitcoin e outras criptomoedas se comportam.

O comportamento do mercado das criptomoedas

Recentemente um comprador misterioso fez o preço do bitcoin subir 20% saindo de aproximadamente US$4000,00 para US$5000,00 ao adquirir algo entorno de US$100 milhões nas casas de câmbio; Bitstamp, Coinbase e Kraken. Mostrando que apesar de o mercado ser altamente volátil, os ganhos com esse tipo de ação pode gerar ganhos que viabilizam a exposição ao risco.

Não à toa esse mercado apesar de várias quedas bruscas ainda se mantém em constante evolução e com tendência geral de crescimento desde o seu surgimento. Tal fato é decorrente do seu livre comércio e sua escassez intrínseca.

A alta volatilidade da moeda decorre de diversos fatores, dentre os quais a não regulação ou aporte institucional de alguma empresa “gigante”, e/ou inclusive governos. O que torna as expectativas sobre a moeda bastante incertas, porém altamente auspiciosas.

Pois muitos investidores acreditam que será uma questão de tempo, onde especulações de empresas de tecnologia com o Facebook, Google são cotadas, porém até o momento o mensageiro Telegram tem sido o mais concreto no interesse de institucionalizar sua própria criptomoeda. Da mesma forma boatos com relação ao governo Russo, Chinês e Coreano estão nessa mesma linha.

As experiências e suas lições

De concreto, teve-se a Venezuela, porém o governo venezuelano da mesma forma que diante de sua crise não teria mais credibilidade sobre sua moeda estatal, também não teria respaldo em fornecer um criptomoeda que satisfizesse as expectativas do mercado.

Esse fato pode servir de lição, visto que de certo modo as criptomoedas, que já estão nesse mercado têm seus méritos, sendo assim, torna-se muito mais interessante aderir a elas do que tentar criar a sua própria moeda digital.

Não sendo só uma questão de maturidade e, portanto alcance e market share, mas também uma composição mais sólida das tecnologias de criptografias desenvolvidas, que diante desse mercado incipiente e dinâmico, torna-se cada vez mais desafiador a formulação de um novo produto.

Sem sombra de dúvidas teria sido melhor para o governo venezuelano, ou para qualquer outro governo, ganhar a credibilidade necessária dos investidores aderindo as mais prestigiosas moedas digitais já existentes, obviamente com o bitcoin encabeçando a cesta, em vez de tentar criar sua própria moeda digital.

Não há motivos para desconfiança

Mas aparentemente os governos temem as criptomoedas, pois não podem dominá-las, mas o que os governos precisam entender é que algo que não é de ninguém, torna-se de todos.

Assim como os metais e as demais commodities, que não podem ser criadas do nada, as criptomoedas oferece a mesma restrição, e isso para o investidor é de grande valia, não há dúvidas para aqueles que conhecem e investem nas criptomoedas, que é mais fácil confira nelas do que na maioria dos ativos presentes no mercado financeiro, a única diferença é que nem todos sabem disso, e essa assimetria tende a gerar fortes flutuações em seu preço.

As altas flutuações são uma resposta às expectativas que estão altamente presentes nesse mercado, para reduzir essas flutuações existem dois caminhos, a adoção em massa, portanto algo que pode levar no mínimo mais dez anos, ou uma adesão institucional, como os bancos centrais adquirindo uma pequena fração de suas reservas em criptoativos.

Torna-se importante salientar que essas altas flutuações são uma oportunidade que deve ser aproveitada, afinal, como no exemplo do misterioso investidor, qualquer grande instituição que fizer entradas fortes em criptomoedas tenderá a valorizar o seu próprio investimento.

Os bancos centrais poderiam vender uma parte de suas reservas em divisas e adquirir com essa venda criptomoedas. Ao, fazê-lo os preços da moeda digital disparariam.

Posteriormente os investidores ao saberem que a compra foi de uma grande instituição incorporariam ainda mais criptomoedas em seu portfólio, assim, aumentado a demanda e gerando uma segunda onda de aumento nos preços.

Essa brutal aceleração nos rendimentos daria margem suficiente para o governo se desfazer de mais divisas sem alterar no valor total de reservas que tinha anteriormente, bastando assim se desfazer apenas do valor excedente.

Com o nível de valor das reservas garantidas seu potencial controle no câmbio é mantido. Com o valor excedente das reservas, podem-se reduzir os custos com a dívida no país, possibilitando a posteriori novos investimentos. O processo também é eficiente na redução do custo de carregamento.

Virtualizando o futuro para os bancos centrais

No caso do Brasil, nota-se que os custos com carregamento diminuem em dois aspectos. O primeiro aspecto e na redução dos ativos em outras moedas como dólar e euro que tem taxas de juros menores que as praticadas pelo tesouro nacional.

A segunda corresponde ao fato de que as moedas fiduciárias tendem a depreciar em relação aos criptoativos, pois ao contrário das moedas estatais exibem propriedades deflacionárias, deste modo parte do custo de carregamento é transferido para os bancos centrais que não acrescentam os criptoativos em suas reservas.

Se para o Brasil haveria todas essas benesses, para um país em crise ou pobre seus impactos seriam ainda mais virtuosos, afinal existe sempre uma dificuldade enorme de obter investimentos em momentos de crise interna.

Os países em crise ou pobres tendem a ter graves problemas fiscais o que agrava a possibilidade de angariar investimentos, os riscos desses países em geral os condicionam a um endividamento insustentável ou uma inflação galopante. Com as criptomoedas os investimentos viriam sem a necessidade de elevação da taxa de juros ou medidas restritivas de gastos.

Assim como um país pode, de certa forma, melhorar sua economia ao descobrir jazidas de petróleo ou metais preciosos. Os criptoativos como commodities digitais ofereceriam impacto análogo para essas nações, pois representariam aos investidores garantias reais de pagamento.

Todavia as maiores partes dos investimentos ocorreriam de modo totalmente indireto, no qual a demanda de uma instituição governamental representaria uma alta elevação no valor das criptomoedas, em uma onda especulativa no mercado global, como já abordado anteriormente.

Portanto esses recursos poderiam viabilizar os gastos governamentais como também ajudar na composição das reservas internacionais. O banco central do país pioneiro em tal ação dará um passo muito importante para o crescimento econômico do seu país, e, por conseguinte colherá os frutos do seu pioneirismo.

É muito provável que a iniciativa se espalhe para outras nações o que fará o valor dos ativos aumentarem cada vez mais, assim gerando receitas maiores principalmente as nações pioneiras. Que adquiriram os ativos digitais quando seus valores ainda estavam baixos.

De volta ao presente

Contudo, é bem verdade que seriam ainda necessários um aumento de liquidez no mercado das criptomoedas para responder a demanda de países. Existirão também entraves correspondentes a adoção de uma nova tecnologia. Como as novas adaptabilidades e as mudanças de rotinas.

Mas tudo tem um princípio e o mercado já demonstrou ser bastante elástico com relação ao rápido aumento de liquidez, quando foi exigido, como também as implementações tecnológicas que facilitassem o seu uso. Demonstrando-se, portanto um mercado altamente adaptativo.

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