A Kraken, terceira maior exchange do mundo em volume comercial, anunciou a demissão de 30% em sua força de trabalho para lidar com as condições atuais do mercado. Especificamente, a empresa sediada em São Francisco reduziu seu pessoal em 1.100 funcionários.
O mercado cripto já enfrentava um inverno duradouro, mas o fiasco da FTX colocou mais lenha na fogueira, baixando o preço do Bitcoin para um mínimo de dois anos. Embora a queda da exchange tenha levado as autoridades globais a apertar os regulamentos e iniciar sondas em várias plataformas, os preços mais baixos também pressionaram as empresas de criptomoedas a cortar seu pessoal para sobreviver no mercado de baixas.
Jesse Powell, co-fundador e CEO da Kraken, explicou em um post que a plataforma triplicou sua força de trabalho durante o mercado de baixa anterior para oferecer a seus usuários uma experiência melhor. Mas o recuo do mercado obrigou a empresa a reduzir seu pessoal de volta para onde estava há 12 meses.
O CEO explicou que, desde o início deste ano, fatores macroeconômicos e geopolíticos pesaram nos mercados financeiros. Segundo ele, isto resultou em volumes comerciais significativamente menores e menos assinaturas de clientes.
“Respondemos atrasando os esforços de contratação e evitando grandes compromissos de marketing. Infelizmente, as influências negativas sobre os mercados financeiros continuaram, e esgotamos as opções preferíveis para alinhar os custos com a demanda.”
Demissões para sustentar negócios a longo prazo?
Os preços mais baixos e a iniciativa do banco central dos EUA de estreitar as regulamentações fizeram com que os investidores globais se livrassem de ativos de risco em um momento em que as principais empresas cripto estão entrando com pedido de falência. Da mesma forma, essa condição reduziu o volume comercial da Kraken, e o número de novas adesões.
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A Kraken alegou, há alguns meses, que planejava contratar 500 novos funcionários no mercado de baixas. Enquanto isso, outras empresas estavam cortando seu pessoal.
Na época, a Kraken anunciou que não havia ajustado o plano de contratação e que não pretendia fazer nenhuma demissão:
“Temos mais de 500 cargos a preencher durante o restante do ano e acreditamos que os mercados de baixa são fantásticos para eliminar os candidatos que perseguem a propaganda dos verdadeiros adeptos de nossa missão.”
No presente momento, entretanto, a Kraken acrescentou que as demissões seriam a única opção restante através da qual a plataforma poderia sustentar o negócio a longo prazo.
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