Reunindo esforços para mostrar ao mercado que o projeto será uma forte concorrente da rede Ethereum, a primeira conferência internacional da Fundação Solana foi realizada em Lisboa, Portugal, entre os dias 7 e 10 de novembro.
Chamado de Breakpoint, o evento reuniu desenvolvedores, parceiros e apoiadores do projeto em um só lugar para compartilhar ideias.
Falando no primeiro dia do evento, Raj Gokal, cofundador do Solana Labs, afirmou que o ecossistema de Solana está “explodindo” em 2021 em todas as verticais e “casos de uso”.
Para entender melhor se o projeto que pretende ser a Ethereum Killer (substituta do Ethereum) tem todo esse potencial de crescimento, a redação do Cointimes conversou com o brasileiro Kaue Cano, que participou como palestrante.
Segundo ele, “agora é a chance da Solana padronizar as DAOs e até deixá-las mais modulares e intercomunicáveis no futuro”.
A hora da Solana
A Solana recebeu considerável atenção dos investidores no último trimestre. Com a melhor performance dentre as maiores altcoins, Solana (SOL) bateu recorde atrás de recorde no início do mês. Além disso, sua capitalização de mercado segundo o CoinGoLive está próxima de exceder novamente a da stablecoin Tether.
O bom resultado do token SOL foi comemorado no Breakpoint, em Lisboa. O cofundador da rede destacou dados que mostram que 2,2 milhões de tokens não fungíveis (NFT) foram cunhados na blockchain Solana dentro de três meses, junto com cerca de US$ 15 bilhões de valor total bloqueados em projetos DeFi dentro da rede Solana.
Ainda durante o evento, o palestrante Kaue Cano, CEO da empresa que recentemente lançou a primeira carteira web3 brasileira, explicou melhor as razões para o crescimento da Solana.
“Em 2021, DeFi e NFTs em Solana se desenvolveram e se estabeleceram também. O TVL dos projetos aumentou bastante, muito drop de NFT, volume diário alto. Uma das coisas que mencionei na Talk foi justamente que a próxima fronteira muito provavelmente é a DAOs e, pelo fato do ecossistema estar em seus estágios iniciais, e não ter muita padronização”.
Assim como foi apontado pela análise da corretora Kraken, a Solana recentemente está aproveitando uma nova onda de apoio dos investidores institucionais. Essa diferença pode ser percebida de dentro do evento.
O especialista Kaue Cano diz: “De dentro do evento dá para notar uma discrepância. Pois enquanto em eventos da Ethereum é possível esbarrar com mais desenvolvedores e simpatizantes da causa, neste evento da Solana foi possível enxergar mais pessoas que definitivamente estão ali para fazer business, profissionais do setor de finanças tradicional que estão migrando para o mercado DeFi, fundos e players que estão se aprofundando no mundo das criptomoedas agora”.

Neste primeiro evento realizado pela Solana Foundation, então, algumas diferenças entre estas duas plataformas de contratos inteligentes foram evidenciadas. Contudo, ainda estamos longe de ver a Ethereum perdendo o segundo lugar do ranking de criptomoedas por capitalização de mercado.
Ethereum foi um projeto “muito experimental”
Muitos são os projetos dispostos a desafiar o Ethereum pela soberania das plataformas de contratos inteligentes. Agora, mais do que em 2015, quando a Ethereum foi lançada, os seus concorrentes têm um norte a seguir.
Conforme aponta Kaue: “Agora é a chance da Solana padronizar as DAOs e até deixá-las mais modulares e intercomunicáveis no futuro – que é uma coisa que o Ethereum não conseguiu fazer simplesmente por que foi muito experimental no começo”.
Para o futuro então, as altcoins que toparem o desafio terão que aprender com os erros da Ethereum. “Agora que DAOs estão estabelecidas e já foram estudadas no Ethereum, com a Solana e sua eficiência, daria para implementar coisas muito mais avançadas e também padronizadas pelo ecossistema todo”, indicou Kaue fazendo referência ao futuro do mercado DeFi.
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