O ex-CEO do gigante bancário Morgan Stanley diz que a tecnologia por trás dos criptoativos poderia revolucionar o sistema financeiro atual.
Em uma nova entrevista à Squawk Box da CNBC, o ex-CEO do Morgan Stanley, John Mack, diz que, em cerca de 50 anos, as transações monetárias e a negociação de ativos ocorrerão digitalmente em blockchain, à medida que a vida se torna cada vez mais dependente dos computadores.
“Eu não acho que o sistema financeiro vá deixar de existir, mas acho que ele vai mudar drasticamente. Para mim, é difícil entender por que as criptomoedas têm valor.
Daqui a 50 anos, talvez os bens digitais sejam uma grande forma de realizar transações monetárias. É fácil de fazer a transferência, você não precisa se preocupar em depositar em um banco, tudo isso é feito em um computador. Você só precisa ter certeza de que está isolado, protegido, e que ninguém pode invadir este computador.
Mas daqui a 50 anos, eu acho que as coisas serão ainda mais eletrônicas e acontecerão cada vez mais através da entrada de humanos em computadores sobre como negociar, como assumir riscos e garantir que eles não ultrapassem seus limites.”
Mack afirma que já investiu em ativos digitais, incluindo a principal criptomoeda por capitalização de mercado, Bitcoin (BTC), o qual ele ainda mantém.
Ele também diz que tem feito investimentos em criptomoedas através de startups, fundos, e através de seu próprio escritório familiar.
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A entrevista foi concedida para falar sobre o lançamento do livro de Mack, intitulado “Up Close and All In, life lessons from a Wall Street Warrior,” no qual o ex-CEO revela diversos aprendizados que obteve durante sua extensa carreira, além do infeliz fato de que foi diagnosticado com demência, e como está lidando com a doença degenerativa.
O principal conselho deixado por Mack na entrevista é que, “no mundo dos negócios, você vai precisar tomar decisões, e elas nem sempre estarão corretas. Mas você precisa criar um novo plano e seguir em frente.”
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