Como o mais novo escândalo na indústria cripto continua a se desenrolar, a antiga chefe do Departamento de Fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) está perplexa quanto ao motivo pelo qual demorou tanto tempo para que o regulador iniciasse uma ação contra a exchange Gemini e a empresa de investimentos Genesis.
A ex-funcionária da SEC, Lisa Braganca, está aturdida com o fato de que a agência investigou o produto de empréstimo cripto da Gemini por um longo tempo, mas permitiu que a operação suspeita continuasse, como ela disse em entrevista ao ‘Squawk Box‘ da CNBC no dia 13 de janeiro.
A SEC sabia sobre a Gemini Earn
De acordo com Braganca:
“A SEC tem conhecimento deste produto há muito tempo. Com base em um tweet de Tyler Winklevoss da Gemini, sabemos que a Gemini estava sob investigação deste produto há algum tempo, mais de um ano, e ainda assim a SEC permitiu que isto continuasse por todo esse período de tempo.”
Como ela explicou mais tarde, a inação da SEC em meio a conversas com a Gemini continuou mesmo quando o crash aconteceu em novembro e a Gemini deixou de pagar seus clientes, e “mais dois meses se passaram” até que a Gemini desse uma resposta em um caso separado – uma ação coletiva contra a Gemini por não continuar os pagamentos sob o produto Gemini Earn – iniciou a ação.
“A SEC tem sido clara durante anos que algo como este programa Earn é um título, por isso é intrigante não terem chegado a uma resolução disto há muito tempo, meses e meses atrás.”
Braganca acredita que “há muita culpa a ser atribuída,” começando por Barry Silbert, o CEO da empresa matriz da Genesis, a Digital Currency Group (DCG), mas também os gêmeos Winklevoss, que confiaram na garantia de Silbert da solvência da Genesis sem fazer sua devida diligência.
Saiba mais: Mike Novogratz comenta sobre a DCG: “não vai afetar os preços”
“Basicamente, a Genesis tem operado de forma insolvente desde aproximadamente junho de 2022.”
Leia também: