Em mais um passo em direção à adoção institucional do Bitcoin, o gigante banco de investimento de Wall Street Goldman Sachs ofertou o seu primeiro empréstimo com garantia em BTC.
O Goldman Sachs, que há dois anos comparou o Bitcoin com a febre das tulipas e recomendou que seus clientes não comprassem a criptomoeda, agora fechou seu primeiro negócio de empréstimo colateralizado em BTC.
O dinheiro do empréstimo foi garantido com Bitcoin de propriedade do mutuário. O negócio foi interessante para o Goldman por causa de sua estrutura e gerenciamento de risco 24 horas por dia, disse uma porta-voz do banco à Bloomberg.
Como as criptomoedas como o bitcoin possuem uma liquidez global e os mercados não fecham, o uso como garantia é eficiente e seguro. No Brasil, a fintech Rispar oferece um serviço similar aos clientes, conforme mostramos no Cointimes anteriormente.
Se utilizada em larga escala ao redor do mundo, a solução pode beneficiar inclusive o preço das criptomoedas, pois potencialmente diminui a pressão vendedora, considerando que o hodler de cripto pode gastar em moeda fiduciária ao invés de vender suas criptomoedas.
O Goldman Sachs, em específico, acabou mudando o discurso em relação às criptomoedas como o Bitcoin no começo de 2021, quando o executivo Jeff Curie reconheceu a entrada de investimentos institucionais, mas disse que o BTC ainda precisava amadurecer.
Em março de 2021, o banco já estava entrando com um pedido para abrir um ETF de Bitcoin, que posteriormente foi negado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. No mesmo mês, anunciaram serviços com Bitcoin e criptomoedas para o segundo trimestre.
Desde então, a aproximação do Goldman Sachs com o Bitcoin foi apenas aumentando. E isso não é exclusividade deste banco, outros megabancos de Wall Street como Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, JP Morgan e Morgan Stanley abraçaram o Bitcoin anos após criticarem.
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