O banco de investimentos Goldman Sachs planeja gastar dezenas de milhões de dólares para comprar ou investir em empresas cripto após o colapso da segunda maior exchange, a FTX, que golpeou as avaliações de mercado e diminuiu o interesse dos investidores.
A falência da FTX levantou mais uma vez a questão da confiança na indústria cripto. Mathew McDermott, diretor de ativos digitais do Goldman, disse à Reuters que este colapso “aumentou a necessidade de players cripto mais confiáveis e regulamentados.”
E assim, em meio a este caos, o Goldman Sachs planeja investir na indústria cripto enquanto o Bitcoin, a criptomoeda mais antiga, caiu de seu máximo histórico de US $68.789, de novembro de 2021, para US $17.017 em dezembro de 2022.
O grupo financeiro está tomando o devido cuidado e estudando várias empresas cripto diferentes, acrescentou McDermott, sem dar detalhes. “Vemos algumas oportunidades realmente interessantes, com preços muito mais sensatos,” disse ele em uma entrevista no mês passado.
De acordo com McDermott, apesar do fato de que “a FTX costumava ser vista como um grande exemplo em muitas partes do ecossistema,” o que importa é que “a tecnologia subjacente continua a funcionar.” Para contexto, o CEO da Goldman, David Solomon, declarou em novembro que, embora ele veja as criptomoedas como “altamente especulativas,” ele enxerga muito potencial nesta tecnologia subjacente à medida que sua infraestrutura se torna mais formalizada.
Os efeitos do colapso da FTX impulsionaram os volumes de negociação da Goldman, e McDermott suspeita que a razão seja que os investidores estão buscando negociar com contrapartes reguladas e bem capitalizadas.
Embora o montante que o Goldman tem intenção de investir não seja grande em relação aos seus ganhos, cerca de US $21,6 bilhões no ano passado, sua disposição de continuar investindo no setor mostra uma inclinação a essa oportunidade a longo prazo.
O Goldman já investiu em 11 empresas de prestação de serviços em torno de ativos digitais, como empresas de dados e gerenciamento de blockchain. O grupo também lançou, junto com a MSCI e a Coin Metrics, um serviço de dados com o objetivo de classificar os ativos digitais com base em como eles são utilizados.
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