O Bitcoin procura segurar sua zona atual, enquanto as altcoins começam um possível bom momento para aportes.
Voltando a analisar o cenário macroeconômico, tivemos mais um aumento de juros do Fed, o que significa mais pressão para os mercados e mais risco de recessão.
Bitcoin ainda em busca da alta
O bitcoin, que recentemente comemorou o décimo quarto aniversário de criação do seu white paper, completa neste mês 1 ano de bear market. No ano de 2021, o BTC indicou a perda da continuação de alta no mesmo mês; agora, o ativo ainda luta para se manter acima dos US $20.500, tentando uma nova alta para levar o preço até pelo menos US $22.000.
Altcoins
No cenário de bear market, as altcoins são as criptomoedas que mais sofrem pela baixa capitalização de mercado, se comparadas com bitcoin e ethereum. Como são projetos iniciais e em desenvolvimento, os ativos se tornam ainda mais especulados e utilizados para uma assimetria de lucratividade pelos investidores.
O gráfico de criptomoedas alternativas tem mostrado um indicador importante, que apresenta um suposto suporte e a formação de um novo fundo. Esta seria a confirmação de que é uma ótima região e um ótimo momento para iniciar os aportes de altcoins, esperando já a próxima corrida de touros.
Fed, alta de juros, e recessão
O Federal Reserve Bank, Banco Central dos Estados Unidos, anunciou mais um aumento consecutivo em 75 pontos base na sua taxa de juros e chegou a 4% no total, uma decisão em que grande parte do mercado já aguardava. O mais interessante até então seria a postura que o presidente do Fed iria tomar nas próximas reuniões em relação às decisões de política monetária.
Jerome Powell se mostrou bem hawkish (referência à postura utilizada pelo Banco Central quando existe a intenção de aumentar ou manter elevadas as taxas de juros no país) e preocupado com o cenário do país, afirmando que a inflação continua forte e o mercado de trabalho não tem mostrado melhora; ou seja, o desemprego segue abaixo do esperado.
Esse posicionamento deixa um ponto de interrogação ainda maior na cabeça dos investidores para o próximo ano: será que os problemas econômicos são maiores do que imaginávamos? Powell já havia discursado que poderíamos chegar a números acima de 5,5% no total de juros alcançados.
O mercado, que, de forma irracional, precificou que poderia ser um certo “exagero”, agora começa a perceber que antes mesmo da virada para 2023 os aumentos somados já alcançaram 4% e ainda haverá mais um provável aumento de no mínimo 0.5%.
Esse cenário começa a preocupar ainda mais quando vemos empresas antecipando grandes prejuízos, como a Meta (ex-Facebook), que desde a última semana até o dia de hoje já acumula mais de 30% negativo, e a Amazon, que já atingiu no mesmo período mais de 20% de prejuízo.
Normalmente, nas crises anteriores, quando o país tinha problemas relacionados à perda de estímulo econômico, a solução tomada era a impressão de dinheiro para dar liquidez ao mercado e aquecer o cenário econômico.
Dessa vez, a questão é justamente o excesso de dinheiro impresso, decisão que foi tomada para o mercado se manter aquecido no período pandêmico mundial. Agora, para retirar essa quantidade de liquidez do mercado, será um processo doloroso e vagaroso.
No novo mercado, esse impacto também é sentido. As criptomoedas já somam perdas de mais de 70% desde o ano passado, principalmente pela falta de liquidez de forma geral.
O futuro do mercado
Felizmente, nem tudo é desgraça. O mercado de criptomoedas tem se atualizado bastante e toda semana temos visto novidades em muitos projetos. O legal para se observar é que o criptomercado, em uma espécie de “bolha”, criou atualizações para o seu próprio nicho, e as tecnologias desenvolvidas estão chamando a atenção das big techs, que agora começam a entrar cada vez mais e aumentar a interação com o mercado tradicional.
As criptomoedas são uma nova forma de dinheiro e investimento, criadas para ser independentes do Estado e de governos como uma forma de dizer “Não concordamos em como vocês administram essa “máquina”, então criaremos a nossa própria de forma descentralizada e totalmente independente de vocês”.
A cada ano que passa, a migração para o mercado cripto aumenta de forma abrupta, mesmo com uma perda de valor de mais de 50% no total. Isso mostra que os próximos anos tendem a trazer um domínio gigantesco das criptomoedas referente ao dinheiro como conhecemos.
O bitcoin, a primeira criptomoeda criada de forma totalmente descentralizada e que se mantém até hoje em crescimento, está em seu terceiro Halving de 32 para chegar a completar seus 21 milhões de moedas criadas.
Para os estudantes de criptomoedas e do cenário econômico, esse número é espantoso e dá muita esperança para os próximos anos e gerações, além de mostrar que estamos apenas no início de uma nova era digital e descentralizada.
Mesmo o investidor que está chegando no mercado, pensando que bitcoin é caro hoje, deve lembrar que passamos dos tempos em que era fácil ter centenas ou milhares guardados. Estamos na geração das unidades de bitcoin e entrando na era de satoshis a se acumular. Com o passar dos anos, será extremamente difícil conseguir grandes somas de BTC.
Então, mais uma vez segue a dica para você, trader investidor de criptomoedas: estude e entenda que você está em um mercado em fase inicial, cujo crescimento será ainda maior do que podemos imaginar atualmente.
Para saber continuar acompanhando o cenário macroeconômico, o bitcoin e as altcoins, vem para o Discord da Foxbit para conversar com a nossa comunidade de traders e especialistas que estão sempre ligados nos principais acontecimentos do mercado!