Grandes nomes da tecnologia como Microsoft, Apple e Amazon não estão recebendo carinho suficiente dos gerentes de ativos. Mas isso pode ser uma coisa boa para as ações e para os investidores que seguem interessados, de acordo com o Morgan Stanley.
As ações de tecnologia caíram este ano à medida que os investidores se afastam das áreas de crescimento diante do aumento da inflação e das taxas de juros mais altas. Isso empurrou o Nasdaq Composite e o setor de tecnologia da informação no S&P 500 para baixo em cerca de 24% e 27% em relação a suas 52 semanas de alta, respectivamente.
Uma avaliação dos recentes dados do relatório trimestral da Morgan Stanley parece apoiar essa tendência, mostrando que os gerentes ativos possuem menos ações de grandes tecnologias quando comparados com suas ponderações do S&P 500.
Segundo o analista Erik Woodring, “os dados de propriedade do segundo trimestre nos deixam bastante mais otimistas nas principais plataformas de tecnologias.” Para ele, as ações de empresas como Microsoft (MSFT), Apple (AAPL), Nvidia (NVDA), Amazon (AMZN), Alphabet (GOOGL) e Meta (META) não são suficientemente compradas por investidores, principalmente levando em conta seus pesos no índice S&P 500.
No entanto, o banco disse que isto poderia acabar sendo um avanço positivo.
“Uma análise quântica sobre estes dados históricos mostra que, em média, após o ajuste para a capitalização de mercado e ganhos acima do esperado, há uma relação estatisticamente significativa entre a baixa propriedade ativa em relação ao S&P 500 e o desempenho futuro das ações. Isto indica que, em média, as ações parecem experimentar uma atração técnica maior quando a propriedade ativa é muito menor do que o mercado, e vice-versa,”
escreveu Woodring.
Os dados de propriedade média em relação ao peso no S&P 500 indicam que a Microsoft (-2%) é a empresa com o menor número de propriedade entre as ações de tecnologia de grande porte, seguida pela Apple (-1.2%), Nvidia (-0.3%), Amazon (-0.2%) e Alphabet (-0.2%).
Inversamente, a Intuit (INTU) reinou como a ação com maior propriedade em relação com seu peso no S&P 500 considerando o último trimestre e seus níveis históricos.
No final do segundo trimestre, a dispersão entre as grandes empresas de tecnologia nas carteiras administradas em relação aos pesos do S&P 500 atingiu 69 pontos base negativos.
Embora a diferença entre o preço de compra e venda das ações da Apple tenha diminuído no trimestre atual, ela continua sendo a maior diferença depois da Microsoft entre as grandes ações de tecnologia.
“Para referência, a diferença entre a propriedade institucional da Apple e sua ponderação do S&P 500 nos últimos 3 anos foi de 101bps em média para 125bps atualmente. Acreditamos que isto reflete em grande parte as preocupações dos investidores com a deterioração da demanda de produtos eletrônicos de consumo,”
escreveu Woodring.
Saiba mais: Compre ações da Apple em qualquer queda, recomenda Morgan Stanley
As ações da fabricante do iPhone caíram cerca de 11% este ano e estão a cerca de -13% de seus máximos.
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