Você aceitaria votar em algum candidato nestas eleições em troca de ganhar criptomoedas? Essa proposta está supostamente sendo feita a eleitores baianos, e coloca em risco tanto o comprador quanto o vendedor.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral da Bahia, um procedimento preparatório eleitoral foi instaurado para apurar a ação de um candidato que estaria “induzindo as pessoas a votarem nele em troca de ativação na ImpactMarket, aplicativo que dá dinheiro diariamente”.
O ImpactMarket se define como um “protocolo descentralizado de alívio à pobreza” e propõe uma “Renda básica incondicional” com criptomoedas. O site oficial alega ter distribuído US $2,9 milhões em cripto e que está mudando vidas no Brasil.
O Ministério Público, porém, diz que “os fatos relatados [em relação ao candidato] podem configurar abuso de poder econômico e ensejar a inelegibilidade, além da cassação do registro ou diploma do candidato”. As informações são do Bahia Notícias.
Com o nome técnico de aquisição ilícita de sufrágio, a compra de voto é crime e pode acarretar em multa de mil até 50 mil reais e na cassação do candidato. O aspirante a político que estaria comprando votos com criptomoedas teve seu nome mantido em segredo.
Segundo o advogado eleitoralista, Jarbas Magalhães, a prática acontece há muito tempo no Brasil, com promessas de óculos, dentadura, cirurgia e outros benefícios, mas as práticas vem se atualizando.
“O que era dentadura na década de 1980, hoje está acontecendo com as criptomoedas.”, afirmou o advogado.
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