O Bitcoin presenciou a maior pressão vendedora dos mineradores nos últimos 7 anos e empresas de mineração enfrentam dificuldades com um negócio predatório e alto custo de mineração.
Maior pressão vendedora de mineradores de bitcoin
O analista e trader Charles Edwards (@capriole), fundador do fundo @capriole_fund, publicou no Twitter que o mercado viu a maior pressão vendedora por parte dos mineradores de bitcoin dos últimos sete anos. Marcando um aumento de 394,27% na pressão de venda em apenas três semanas.
Segundo Charles Edwards: “É um banho de sangue de mineradores de Bitcoin.” e completou: “Se o preço não subir logo, veremos muitos mineradores de Bitcoin fora do mercado.”
Isso ocorre porque, de acordo com dados de mineração de bitcoin, os mineradores estão operando, neste momento, no prejuízo. O que caracteriza a pressão vendedora como um movimento de capitulação, que resulta neste “banho de sangue” e acaba matando as empresas com menor capacidade de conseguir levantar capital através de rodadas de investimentos ou empréstimos.
O fundador do Capriole afirma que isso é causado por uma estratégia insustentável aplicada por muitos mineradores no bull market de: “minerar e holdar”, evitando fazer vendas parciais que ajudariam a construir um caixa mais saudável para os momentos de crise.
Parte dos incentivos em não vender BTC regularmente é o de evitar criar uma pressão vendedora que pode oferecer um contrapeso na subida de preço, dificuldade os famosos “pumps” do bitcoin.
No entanto, ao empregar a estratégia mais natural de vendas parciais, os mineradores também diminuem os efeitos da capitulação e, por consequência, do bear market. A mesma estratégia que é empregada para possibilitar grandes “pumps” que geram “FOMO” no mercado, acaba sendo uma das causadoras dos grandes “dips”, que geram “FUD”. Uma estratégia equilibrada traria uma dinâmica de preço também mais equilibrada, tanto para cima, quanto para baixo.
O mercado precisa amadurecer e compreender que a inflação no bitcoin, que ocorre a partir da distribuição de novas moedas com a mineração, é algo que faz parte da economia do ativo e sempre exercerá algum tipo de pressão vendedora contra a demanda.
Custo de mineração gera prejuízos na atividade
No domingo, a dificuldade do Bitcoin aumentou 0,51% no bloco 764.064, e o aumento elevou a dificuldade para um recorde histórico de 36,95 trilhões. Após essa transição de dificuldade, os dados mostram que o hashrate global geral caiu de 317 exahash por segundo (EH/s) para 233 EH/s.
O hashrate está atualmente em 250,59 EH/s, de acordo com registros do coinwarz.com.
As estatísticas de 21 de novembro de 2022 mostram que o custo de produção de bitcoin é muito maior do que o valor de mercado spot do BTC em dólares. As métricas registradas pela macromicro.me indicam que o custo médio de mineração é de US $22.583 hoje, enquanto o valor em dólares do BTC é registrado em US $16.078 dólares nominais por unidade.
O que significa que cada novo BTC distribuído gera em torno de US $6.505 de prejuízo com os dados atuais. Ao considerar que aproximadamente a cada 10 minutos são distribuídos 6,25 BTC, são US $40.656,25 de prejuízo/10min, resultando em cerca de $243 milhões de dólares perdidos por hora entre os mineradores.
Este valor flutua e é ajustado de acordo com a dificuldade de mineração ou as dinâmicas de hashrate, mas o cenário de prejuízo se estende por semanas, sem correção.
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As consequências são, inevitavelmente, a centralização da rede com o tempo, a perda de segurança (queda da hashrate) e mais capitulação pelos mineradores, a menos que o preço suba.
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