O Ethereum é uma plataforma de aplicações descentralizadas de código aberto que conta com centenas de desenvolvedores ativos. Mas como o Ethereum começou, e de onde veio o dinheiro que deu início a tudo isso?
O último relatório do Coin Metrics trouxe um panorama geral e dados interessantes sobre a distribuição das primeiras unidades de ethers (ETH). Apesar das discussões éticas e regulatórias ao redor disso, a pré-mineração do Ethereum possibilitou o desenvolvimento do que é hoje o segundo maior blockchain do mundo.
Antes da plataforma ir ao ar, o Ethereum foi lançado como um crowdsale, uma espécie de financiamento coletivo através da venda do token nativo ETH, em 2014. O projeto arrecadou mais de 31 mil bitcoins, o que valia na época cerca de US $18,3 milhões.
Hoje a quantia de 31000 BTC equivale a US $740 milhões, mas o valor foi transformado em 60 milhões de ETH, o que hoje valem US $90 bilhões, uma valorização muito mais expressiva.
Mas, voltando a 2014, o crowdsale teve início em 22 de julho e durou 42 dias. Vitalik Buterin, o cofundador mais notável do projeto, apresentou a ideia do Ethereum ainda em janeiro daquele ano na conferência “Bitcoin Miami 2014”, enquanto o white paper foi publicado em 2013.
O resultado da oferta inicial de moedas (ICO) foi o seguinte, conforme dados do Coin Metrics:
Dos 60 milhões de ETH vendidos, cerca de 50 milhões foram adquiridos logo nas primeiras duas semanas quando o preço ainda estava com desconto relevante. Um total de 8437 vendas foram realizadas entre o mínimo de 0.01 BTC e um máximo de 500 BTC, embora nada impedisse que uma mesma pessoa pudesse fazer mais de uma compra dividindo as quantias em múltiplos endereços.
A compra média foi de 3,65 BTC, o que dava por volta de 7000 ETH. O ICO do Ethereum representou uma das vendas coletivas mais bem sucedidas do mundo, mas não foi a pioneira do mercado cripto. A ideia provavelmente veio da Mastercoin (que já não existe mais), que levantou cinco mil bitcoins em 2013.
Distribuição da oferta
Recentemente, publicamos no Cointimes sobre o risco de centralização do Ethereum 2.0 ao divulgar um dado que apontava que 95% da oferta (exluindo exchanges, smart contracts e demais plataformas de custódia) estavam nas mãos de 1% da rede. A discussão continuou no Twitter, com outros pontos importantes sendo levados em questão.
O estudo da Coin Metrics, porém, levanta questionamentos sobre essa suposta centralização da distribuição da oferta estar presente desde o lançamento do Ethereum.
Além dos 60 milhões de ETH vendidos, um adicional de 10% do total da oferta foi entregue aos desenvolvedores pioneiros da rede. Após o lançamento da mainnet, novas moedas puderam ser cunhadas através da mineração proof-of-work (similar ao Bitcoin). Com isso, a distribuição da oferta ficou da seguinte forma:
O gráfico acima serve apenas como comparativo da quantia emitida por mineração e da quantia “pré-minerada”, mas não leva em conta a distribuição das moedas das “contas gênesis” ao longo do tempo.
De acordo com a Coin Metrics, apenas menos de 8% das carteiras gênesis (693 endereços para ser exato) deixaram seus ethers intocados até hoje, sendo o maior deles a carteira 0x2b6ed29a95753c3ad948348e3e7b1a251080ffb9, que detém 250 mil ETH.
“Mas, ao que tudo indica, as contas Ethereum criadas na gênese controlam hoje apenas 2,66M ETH, representando cerca de 2% da oferta total de ETH, diminuindo de 7M ETH em 2018 (é claro que alguns titulares podem ter simplesmente mudado seus ETH para custódia/exchange ou para novas contas).”, escreveram os autores do estudo.
Concluindo a pesquisa, a Coin Metrics afirma que a venda coletiva do ETH foi inegavelmente um projeto ambicioso de sucesso relevante, e o The Merge estando logo no horizonte trás ainda mais olhos focados ao projeto. Porém, os efeitos duradouros do ICO na distribuição da oferta ainda são discutidos.
Leia também:
- Celsius manipulou preço do CEL com fundos de seus clientes, segundo executivo
- Oportunidade? Ações da Alibaba podem subir 20%, segundo este banco de investimento
A NovaDAX está cheia de novidades!
Uma das maiores corretoras de criptoativos do Brasil agora ZEROU as taxas para saque em real!
A NovaDAX também conta taxa zero para transações de Bitcoin e mais de 110 moedas listadas, com saque disponível na hora e alta liquidez.
As criptomoedas com as melhores taxas do mercado! Basta ativar o programa gratuito Novawards e aproveitar taxas reduzidas em até 75%.
Conheça ainda o Cartão NovaDAX e peça já o seu.
Gustavo Marinho
Posts relacionados
Últimas notícias
- Britânico perde HD com milhões em Bitcoin: saiba como armazenar com segurança seus criptoativos
- Marathon Digital revela resultados negativos, mas aumenta produção de bitcoin em 8%
- Após GameStop, nova ação “vira meme” e perde o brilho para analistas
- ETH sobe para alta de 2 meses e recua; BTC é rejeitado em US $24.000