O Paraguai tem um excedente de energia de 5.500 MW em suas hidrelétricas e, no momento, existem no máximo 20.000 unidades ASIC em operação.
O que poderia desencadear uma onda de investimentos em grande escala para o país vizinho, é o êxodo dos mineradores de Bitcoin na China e a apresentação de um projeto de lei para regulamentar a mineração de ativos digitais no Paraguai.
Empresas e mineradores estão de olho na “Lei que regulamenta a indústria e a comercialização de ativos virtuais e criptoativos” do país. Em três anos mais de 500.000 mineradores de criptomoedas serão esperados, caso seja consolidada a política de amizade com a indústria de criptomoedas.
Atualmente, há pelo menos 8 grupos econômicos chineses que têm interesse em realocar suas operações de mineração para o Paraguai. Como conta Benítez Rickmann ao CriptoNoticias, CEO da mineradora Digital Assets e consultor do projeto de lei local para regular criptomoedas, um dos grupos de mineradores que já chegou ao país e vai instalar cerca de 90 mil equipamentos nos próximos meses.
Good chat with Alfredo Shu, Economic Advisor – Embassy of China (Taiwan) in Paraguay. Current situation of #bitcoin mining, bill proposal and benefits for Paraguay and Investors. Thanks to his team as well! pic.twitter.com/gdgYmkYKzj
— juanjo Benitez Rickmann (@juanjobr) June 23, 2021
“Na China, foram desligados 6.000 MW e isso coincide com o que existe no Paraguai, que tem um excedente de energia de 5.500 MW. É muito atraente para eles. Tenho muitos nomes de empresas de todas as partes que têm muito interesse em vir para o Paraguai ”, explicou Benítez.
A iniciativa do Projeto de Lei foi elaborada pelo deputado Carlos Rejala e pelo senador Fernando Silva Facetti, apresentada em cerimônia privada e posteriormente perante o Congresso Nacional da República.
A Administração Nacional de Eletricidade terá maior influência no campo da mineração de criptomoedas. É este braço do Estado que cuida das duas grandes hidrelétricas do país: Itaipu (Paraguai-Brasil) e Yacyretá (Paraguai-Argentina). Juntas, as duas geram cerca de 8.500 MW, dos quais o Paraguai consome apenas 3.300 MW.
Por conta desse “excedente de energia”, do lado paraguaio, um grupo de legisladores pretende que a referida lei seja aprovada logo. Isso porque ela traria novos investimentos, pagaria impostos e colocaria o Paraguai no mapa mundial das nações com poder de processamento na rede Bitcoin.
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