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Qual será a Nova Iorque cripto? 

Wall Street cripto.

Com o advento da criptoeconomia, diferentes localidades lutam para se consolidarem como a capital mundial desse mercado. Apesar da liderança atual dos EUA, dois adversários orientais estão buscando oferecer uma concorrência à altura. Quem vencerá, afinal?

A criptoeconomia possui, atualmente, uma capitalização de mercado de quase um trilhão de dólares. Na sua máxima histórica, em novembro de 2021, seu valor chegou a quase 3 trilhões. Com tanto dinheiro em jogo, é natural que os países compitam entre si para atraírem esse nicho, principalmente à medida em que outros países, como a China, aumentem sua hostilidade a essa tecnologia.

Dubai vem se destacando nessa empreitada. O emirado possui, há cerca de 20 anos, uma zona franca chamada Dubai Multi Commodities Centre (DMCC). Mais recentemente, em 2021, o DMCC construiu um espaço para cripto chamado DMCC Crypto Centre, voltado para receber startups que atuam nesse mercado. 

Deu certo. 342 empresas se registraram ao longo de 2022, um salto enorme em relação às cerca de 150 que aderiram à iniciativa em 2021, mesmo com o bear market atual. As companhias atuam em áreas como metaverso, Web3 e DeFi, dividindo um arranha-céu de 68 andares no coração financeiro do Oriente Médio. 

Um pouco mais ao leste, Hong Kong está tentando correr atrás do prejuízo. Em setembro de 2021, a FTX anunciou que estava se mudando de lá para as Bahamas. Desmentindo boatos de que a ação se devia aos ataques contínuos da China contra as criptomoedas, Sam Bankman-Fried alegou que o motivo era muito mais simples: o arquipélago americano havia sido um dos primeiros países a promoverem regulações claras sobre o mercado de criptoativos. 

Por mais que a perda da FTX tenha se mostrado uma bênção para Hong Kong, considerando o colapso da segunda maior corretora do mundo graças a um suposto esquema fraudulento e multibilionário, a criptoeconomia não parou. Portanto, a pequena ilha oriental quer garantir a sua fatia desse mercado. 

O secretário financeiro de Hong Kong, Paul Chan, afirmou que o governo da ilha concluiu recentemente uma legislação que trata de um licenciamento para provedores de serviços de ativos virtuais. Além disso, Chan disse que diversas empresas têm contactado o governo demonstrando interesse em estabelecer sedes na região administrativa especial. 

Ao redor do mundo, iniciativas como essas não param de surgir. No Brasil, a Lei 14.478/2022, também conhecida como marco regulatório dos ativos virtuais, é uma conquista legislativa que oferece algum grau de segurança jurídica ao mercado. Até a Ucrânia, que vem passando por uma guerra, aprovou uma lei que legalizou as criptomoedas em 2022. Com as expectativas de um bull market causado pelo halving de 2024, parece que descobriremos em breve quem sairá vitorioso dessa corrida.

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