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“Quem não tem um bitcoin é louco”, diz economista Charles Mendlowicz

Charles Mendlowicz no podcast Os Sócios. Reprodução/Youtube.

Em podcast, o youtuber ‘Economista Sincero’ disse que era loucura não ter bitcoin em carteira, considerando o potencial dessa criptomoeda.

No programa Os Sócios, de Bruno e Malu Perini, o economista Charles Mendlowicz e o empresário e minerador Rudá Pellini foram convidados para falar sobre Bitcoin. Durante a conversa, todos levantaram fortes argumentos para uma possível maior valorização do BTC.

Boa reserva de valor

O comportamento dos investidores institucionais está mudando em relação ao bitcoin. Antes de Paul Tudor Jones, Michael Saylor, Ricardo Salinas e Elon Musk, por exemplo, poucos bilionários prestavam atenção no BTC.

Por isso, Mendlowicz, o “Economista Sincero”, como é conhecido no Youtube, explica que a tese de reserva de valor depende de confiança.

“Se eu acredito que o Bitcoin é uma reserva de valor, você acredita e o Bruno acredita, então é. Mas sabe o que acontece?

Nós 3 aqui acreditávamos, aí era mais ou menos, quando uns bilionários começam a acreditar, aí passa a ser uma reserva de valor um pouco maior.”

Então a moeda saiu de US$ 5.000 para US$ 50.000 porque muita gente começou a acreditar que é uma reserva de valor, finalizou ele.

Sobre as dificuldades de usabilidade da criptomoeda, a host do podcast Malu Perini comentou que o ouro também não é visto como moeda de troca no dia a dia. “Se você pegar o uso industrial do ouro, o preço dele deveria ser muito mais baixo.”, complementou Bruno Perini.

Além do ouro ter utilidades como confecção de joias e medalhas, o preço do ouro também é sustentado pelo seu valor subjetivo. A escassez, durabilidade e liquidez do metal precioso no mercado o ajudam a ser uma boa moeda de reserva.

O caso do Bitcoin é parecido com o ouro, além da sua tecnologia blockchain servir para manter registros descentralizados e imutáveis, a moeda digital é limitada, durável e possui liquidez no mundo inteiro.

“Quem não tem um bitcoin é louco, hein?”, disse Charles.

Profecia auto-realizável

Charles diz que o Bitcoin pode virar uma reserva de valor como uma profecia auto-realizável, mas ele não está sozinho com essa opinião. Nos primórdios do Bitcoin, o criador Satoshi Nakamoto comentou em um fórum:

“​​Faz sentido apenas acumular alguns [bitcoins] caso dê certo. Se muitas pessoas pensam da mesma maneira, isso se torna uma profecia auto-realizável.”

Bruno Perini ainda explica que o dinheiro é a única ficção na qual todos acreditam, não importando a sua ideologia. “Então quanto mais gente acreditar no bitcoin, vira uma profecia auto-realizável. Ele vai ser dinheiro se as pessoas acreditarem que ele pode ser usado como dinheiro.”

Risco-retorno

Rudá Pellini, escritor do livro “O Futuro do Dinheiro”, acrescentou que os bitcoiners podem estar redondamente enganados e o Bitcoin falhar, mas o prêmio de risco compensa.

“Para a pessoa que quer começar hoje, primeiro investe tempo para aprender. Quanto custa o seu tempo? Pega o final de semana e olha os vídeos do Bruno, olha os vídeos do Charles, lê meu livro, sei lá…

[…] Entendeu um pouquinho, decida comprar. Vai comprar quanto? Você é o cara mais conservador do mundo, [vamos supor que] 90% do seu dinheiro está na poupança. Compra 2% do seu patrimônio.”

Se todos estivermos errados e o bitcoin morrer em 5 anos, diz Pellini, você perderá 2% do seu patrimônio. Se o seu aluguel foi reajustado, em 5 anos você vai perder mais do que esses 2%, explicou.

“O prêmio de risco é muito bom […] Hoje estamos falando de [uma estimativa de] 180 a 200 milhões de usuários de cripto. O equivalente a isso é a internet em 1998. A internet em 1998 tinha 190 milhões de usuários. Em 1999 tinha de 210 a 220 milhões. Em 2000 tinha 300 milhões. Em 2001 tinha 400 milhões. Em 2003 a internet bateu 1 bilhão de usuários.

[…] A curva de adoção do Bitcoin é muito parecida com a curva da internet, do ponto de vista exponencial. Então a tendência, se a gente for passar esse paralelo, é que isso se repita. Pode ser que não, pode ser que a gente esteja errado, beleza. Mas o ponto é, se em 2,5% de usuários a gente chegou até aqui…”

Respondendo, Charles diz que, apesar de não fazer recomendação de investimento, fala há três anos a mesma coisa: “é uma insanidade não ter nada de cripto.”

Assista ao vídeo completo abaixo:

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