Xi Jinping se torna o governante chinês mais poderoso desde Mao Tse-Tung e a “riqueza” continua fugindo da China para paraísos fiscais através do Bitcoin e de outras criptomoedas.
Terceiro Mandato de Xi Jinping
No domingo (23), Xi Jinping, líder do Partido Comunista da China (PCC) e autoridade máxima no país, garantiu mais cinco anos de poder após “eliminar os principais rivais” durante uma “longa semana política”, segundo a jornalista Helen Davidson, do The Guardian.
Com esta nova conquista sem precedentes, mas que já era esperada, Xi Jinping se consolida como o homem mais poderoso e influente a governar a China, superando Mao Tse-Tung que liderou o território de 1949 até 1976, no ano de sua morte. Mao governou oficialmente apenas até 1959, em dois mandatos de 10 anos, mas continuou exercendo influência política como conselheiro até morrer.
Por mais que o resultado das “eleições” já fossem esperados, existem sinais de um êxodo chinês por parte de donos de grandes riquezas, que parece se acelerar agora com o terceiro mandato.
Fuga de riqueza da China
Ao observar o desempenho de preço do Yuan Chinês (CNY) em relação ao Dólar (USD), vemos que ele alcança um fundo de preço entre 2013 e 2014, o que é positivo para o país e demonstra uma forte valorização da moeda local, frente à moeda norte-americana.
Notamos que a reversão da tendência de valorização do CNY contra o USD começa nessa época, após Xi Jinping assumir o cargo máximo de governança em 2012. O que vemos, então, é um processo gradual de desvalorização do Yuan durante os dois mandatos do líder do PCC.
Segundo o Analista CFR, Brad Setser, “até que a China prove o contrário, [ela] está efetivamente engajada em uma depreciação controlada”. O que significa que a desvalorização da moeda local ocorre de forma intencional pelo governo de Xi Jinping.
Em setembro de 2015, milhões de chineses correram para proteger suas economias no exterior, com medo de que a onda de desvalorização vindo de Pequim acabasse completamente com o valor de seus ativos financeiros. Na época, ainda durante o primeiro mandato, a fuga de riqueza da China já havia começado.
Em 2015 o Bitcoin (BTC) estava sendo negociado por US $225 a unidade. Segundo o analista do ZeroHedge, essa fuga de riqueza pode ter sido realizada, principalmente, com o apoio do bitcoin. Fazendo com que o ativo descentralizado subisse vertiginosamente no período seguinte.
Até onde sabemos, a fuga ocorreu para regiões chinesas autônomas, como Hong Kong, Taiwan e Cingapura. Com o cenário político-social atual, Cingapura parece ser o paraíso fiscal preferido entre os donos das grandes riquezas da China. Podendo representar algo semelhante ao “Vale de Galt”, descrito por Ayn Rand no livro “A Revolta de Atlas”. Um porto seguro contra a tirania de um governo socialista que ataca a riqueza daqueles que mais produzem.
Conforme reportado pelo Financial Times: “milhares de pessoas ricas em toda a China estão indo para as saídas das fronteiras, enquanto o presidente Xi Jinping garante um terceiro mandato, tornando ele e o partido comunista chinês ainda mais forte do que antes”.
O problema é que as fronteiras são fortemente vigiadas e a fuga de capital é proibida por lei pelo Partido Comunista. Fazer remessas financeiras de Yuan ou Dólar, envolve o uso de intermediários que agem sob o controle dos tiranos. Carregar bens físicos como ouro e jóias também é altamente arriscado.
A alternativa mais eficiente para a proteção patrimonial é o bitcoin e outras criptomoedas.
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Ao migrar seu capital para BTC e cripto, os chineses conseguem proteger sua riqueza das mãos tirânicas de Xi Jinping e da desvalorização intencional do dinheiro que ocorreu na última década e deve continuar acontecendo nos próximos 5 anos ou mais – enquanto o líder fortalece seu poder.
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