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Tanques de guerra protegem banco que bloqueou saques na China

Tanque de guerra

Tanques de guerra foram vistos protegendo um banco em Rizhao, na China, dos seus próprios clientes. Os correntistas estão com seus depósitos no banco bloqueados sem qualquer justificativa legal, evidenciando a falta de liquidez dos bancos.

Conforme relatamos em 12 de julho no Cointimes, o congelamento de contas bancárias na China resultaram em protestos violentos. Desde abril a mídia local reporta que alguns bancos como Yuzhou Xinminsheng Village Bank, Shangcai Huimin County Bank, Zhecheng Huanghuai Community Bank e New Oriental Country Bank of Kaifeng estão limitando saques.

O vídeo acima foi publicado no Reddit com o título: “Enquanto isso na China. Tanques do PCC [Partido Comunista da China] nas ruas novamente, desta vez protegendo Bancos (possivelmente Rizhao, província de Shandong). Isso ocorre porque a agência de Henan do Banco da China declara que as economias das pessoas em sua agência agora são ‘produtos de investimento’ e não podem ser sacadas.“.

O video mostra uma longa fila de tanques impedindo os moradores de chegar à agência bancária. À medida que a câmera se movimenta, a fila do tanque é vista cobrindo todo o quarteirão.

Os moradores parecem agitados, mas são obrigados a esperar por causa da presença dos veículos blindados. Os usuários do Reddit comparam a cena com o incidente da Praça Tiananmen, quando em 1989, centenas de tanques foram usados para reprimir protestos pró-democracia.

homem fica em frente ao tanque de guerra
Momento marcante do “Massacre da Praça da Paz Celestial”, 1989. Foto: Reuters.

“Praça Tiananmen 2”, comentou um usuário. “A história se repete”, disse outro. “Eu me pergunto o que aconteceria se os operadores de tanques não pudessem sacar seu dinheiro também”, comentou um terceiro usuário.

Os moradores atingidos pela crise bancária, uma das piores dos últimos anos na China, alegam que 40 bilhões de yuans (R$ 33 bilhões) em depósitos desapareceram e protestam exigindo acesso às suas economias.

Eles foram instruídos a “esperar pacientemente”, disse o South China Morning Post em uma matéria na segunda-feira. Algumas das pessoas com menos de 50.000 yuans (R$ 40 mil) receberam seu dinheiro na semana passada, mas outras ainda estão esperando.

As autoridades chinesas disseram que os bancos no centro da controvérsia foram assumidos pelo Henan Xincaifu Group por meio de “conluio interno e externo” e atraíram depositantes “ilegalmente”. Uma investigação sobre o escândalo bancário está em andamento.

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