As corretoras descentralizadas estão ganhando tração, conforme a Uniswap atinge a marca de US$1 trilhão de volume acumulado e as negociações diárias chegam em um quinto da própria Bolsa de Valores de São Paulo.
A exchange descentralizada baseada em Ethereum Uniswap alcançou o marco histórico de 1 trilhão de dólares em volume negociado desde o seu lançamento em novembro de 2018.
A Uniswap, diferentemente de corretoras de criptomoedas comuns, não depende de um ente central para a realização das negociações. E, dentro dessa dinâmica, as taxas são pagas para provedores de liquidez, que arrecadaram mais de US$ 2 bilhões em criptos, de acordo com o agregador de dados Token Terminal.
A corretora descentralizada (DEX – decentralized exchange) é de código aberto e não requer que o usuário abra mão da custódia para trocar seus ativos. Além disso, as pessoas podem listar seus tokens na corretora gratuitamente, enquanto muitas corretoras centralizadas cobram por isso.
Possivelmente por conta destas e outras vantagens, a tendência da Uniswap e de outras DEXs tem sido de crescimento. A Uniswap chegou a US$500 bilhões de volume ao final de outubro de 2021 e, portanto, dobrou essa marca em apenas seis meses.
O futuro é descentralizado?
O volume diário da Uniswap está em cerca de US$ 1,94 bilhão (~R$ 9,59 bilhões), chegando a bater números mais altos em dias específicos. Esses dados ficam cada dia mais próximos da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com os dados da B3, o volume diário do mercado à vista da corretora é de aproximadamente R$ 44,3 bilhões.
Ou seja, a Uniswap ultrapassa um quinto do volume da bolsa brasileira, mais especificamente 0,21%. Enquanto a Uniswap permite a compra e venda de criptomoedas há 3 anos e meio, a B3 tem mais de 130 anos e representa o mercado tradicional no Brasil.
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