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Banho de sangue: Bitcoin despenca para US$ 42.000, altcoins derretem dois dígitos

Banho de sangue

O mercado de criptomoedas amanheceu banhado de sangue, com o bitcoin caindo para uma baixa de dois meses em US$ 42.000. Agora, os preços já se recuperaram para US$ 46.000, indicando uma alta volatilidade, mas todas as principais criptos ainda estão no vermelho.

tabela das criptomoedas
Maiores criptomoedas por capitalização de mercado e a recente variação de preço. Fonte: Coingolive.

A cotação do Bitcoin passou por uma de suas piores quedas, ao cair 16 mil dólares em questão de horas, voltando a níveis de dois meses atrás. A maioria das altcoins está em queda profunda, com perdas de preços de dois dígitos, e a capitalização de mercado caiu US$ 600 bilhões no momento mais baixo.

Quem alavancou, perdeu

Muita coisa pode mudar no mercado de criptomoedas em um dia. O BTC há pouco tempo pronto para tentar ultrapassar a resistência de US$ 59.000 mais uma vez, após 3 falhas tentativas, até que investidores começaram a despejar bitcoins no mercado.

Primeiramente, a moeda caiu para US$ 51.000, o que foi uma queda de preço de US$ 8.000 por dia, mas isso não foi o pior. Horas depois, o BTC caiu para US$ 42.000 (na exchange Bitstamp), que se tornou o preço mais baixo desde o final de setembro.

Após esta queda massiva de US$ 16.000 em um dia, o BTC recuperou algum terreno, mas ainda está 18% de queda nas últimas 24 horas, pois está em torno de US$ 46.600.

Sua capitalização de mercado, que estava perto de US$ 1,1 trilhão ontem, agora está bem abaixo de US$ 900 bilhões.

De forma um tanto esperada, as liquidações de 24 horas dispararam para US$ 2,5 bilhões após essa maior volatilidade, com 400 traders liquidados. Isso significa que, aqueles que alavancaram nas corretoras para aumentar seus ganhos em uma eventual alta do bitcoin, perderam o valor dessas posições.

Gráfico do preço do BTC
Preço do bitcoin chegando a US$ 42.000 na Bitstamp. Fonte: CryptoPotato e TradingView.

Altcoins no vermelho

Como normalmente acontece quando o BTC despenca, o mesmo ocorre com as criptomoedas alternativas (altcoins). Ethereum, por exemplo, passou de uma alta diária de US$ 4.670 para US$ 3.500. Após esse despejo massivo, o ETH agora estagnou abaixo de US$ 3.900 e está 16% de queda no dia.

A situação com o resto dos alts é semelhante, senão pior, já que as quedas de preços de dois dígitos são evidentes para todo lado.

Alguns dos exemplos incluem Binance Coin (-15%), Solana (-21%), Cardano (-20%), XRP (-22%), Polkadot (-24%), Avalanche (-21%), Terra ( -21%), Dogecoin (-23%) e Shiba Inu (-20%).

Com quase todos os valores de baixa, a capitalização de mercado cumulativa de todos os ativos foi despejada de mais de US$ 2,6 trilhões para pouco mais de US$ 2 trilhões no Coingolive. A partir de agora, é cerca de US$ 2,2 trilhões, o que ainda significa uma perda de aproximadamente US$ 400 bilhões em um dia.

El Salvador compra na baixa, de novo

Quando as criptomoedas enxergam grandes quedas no preço, os entusiastas dos ativos costumam aproveitar os momentos como se fossem promoções.

Foi como Nayib Bukele interpretou o momento, ele é o presidente de El Salvador, o país que tornou o Bitcoin uma das suas moedas oficiais. Bukele adquiriu para o tesouro de seu país 150 BTC no preço médio de US$ 48.500 e anunciou no Twitter na madrugada deste sábado.

“Errei o fundo por 7 minutos”, disse ele. O movimento não foi visto com bons olhos por críticos como Peter Schiff, que afirmou que o bitcoin encontraria muitos outros fundos e perguntou “Quanto dinheiro dos contribuintes você pretende desperdiçar?”

Na sexta-feira de Black Friday, El Salvador já havia comprado 100 bitcoins, acompanhando o movimento da MicroStrategy, empresa de capital aberto que mais detém bitcoins do mundo. A empresa de Michael Saylor investiu mais US$ 414,4 milhões em bitcoin.

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