O portal de informações sobre o mercado de criptomoedas, Coingecko, tem uma página que nos mostra quais as criptomoedas mais procuradas em alguns países – de acordo com pesquisas na plataforma – e com isso percebemos que os brasileiros gostam mesmo é de um “bom” golpe.
Pelo menos, os brasileiros têm pesquisado mais sobre dois golpes conhecidos, do que sobre o Bitcoin, sem falar na procura por projetos com fundamentos mais frágeis e que poderiam estar em uma economia não sustentável, podendo chegar ao fim em breve (ou não).
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Top 10 projetos mais pesquisados por brasileiros
O top 10 projetos mais pesquisados por brasileiro é, na ordem:
- Bomber Coin (BCOIN)
- Space Crypto (SPG)
- Smooth Love Potion (SLP)
- Luna Rush (LUS)
- Binance Coin (BNB)
- Baby Doge Coin (BABYDOGE)
- CryptoPlanes (CPAN)
- CryptoCars (CCAR)
- Bitcoin (BTC)
- Shiba Inu (SHIB)
CryptoCars era o golpe preferido dos brasileiros
CryptoCars foi descoberto recentemente como um golpe, quando seus desenvolvedores aplicaram um Rug Pull – técnica conhecida quando os donos do projeto liquidam sua posição de forma inesperada e desaparecem, deixando para trás um ativo sem valor nas mãos dos investidores. Rug Pull significa “Puxar o Tapete”.
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Mesmo já quase um mês após o rug pull, o jogo CCAR continua sendo um dos projetos mais procurados pelos brasileiros entre os mais de 17.000 tokens que existem no mercado.
Talvez por curiosidade? Ou uma esperança de rever seus fundos perdidos com a fraude?
Tanto na terra, como no ar, a família não escapou. O primo-irmão do CryptoCars, CryptoPlanes, é ainda mais pesquisado que o original e faz parte da lista de tokens que já não possuem mais valor.
Mesmo ainda sendo negociados, seu uso era limitado a um ecossistema que já não existe mais.
Projetos com fundamentos fracos
Apesar de nenhum golpe ter sido confirmado e os projetos continuarem vivos, existem alguns desta lista que possuem uma economia fraca, às vezes muito semelhante à um esquema de pirâmide, que oferecem uma exposição de risco muito elevada e poderiam seguir o mesmo caminho do CCAR.
Bomb Crypto é um deles, com o token Bomber Coin, cujo valor está diretamente associado ao jogo play-to-earn, cuja tokenomics precisou ser reorganizada após alguns usuários reportarem perigo de ser insustentável. Talvez agora tenha melhorado, mas é difícil saber.
O segundo mais procurado, Space Crypto, é um projeto recente, mas que já existem alguns sinais de alerta e indícios de que pode ser que ele não dure muito tempo no mercado.
De acordo com este youtuber, com um canal focado em jogos play-to-earn: “a conta não fecha” e as recompensas parecem ser muito elevadas, oferecendo risco de não ser sustentável.
Além da procura por projetos com muitos sinais de alerta e bandeiras vermelhas, o brasileiro também demonstra gostar muito de meme coins.
Bitcoin em nono lugar de interesse
Enquanto isso, o líder do mercado global de criptomoedas, com uma dominância de valor superior a 40% sobre todo o mercado, com dominância líquida de capitalização vs volume de 63%, de acordo com o Coingolive, está apenas na nona posição de interesse.
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Isso demonstra uma maior vontade de se expor a projetos voláteis, atrás de esquemas que brincam com a ganância do brasileiro buscando valorizações gigantes, mas também com um alto risco de perder tudo. É basicamente uma estratégia de “tudo ou nada”.
O tudo pode parecer interessante, mas o nada é doloroso. E infelizmente muitos só vão perceber isso quando chegarem ao zero.
É por esse motivo que gestão de risco é importante e também é muito importante distribuir a exposição à volatilidade através da diversificação, mas ainda mais importante é o investidor realizar uma pesquisa criteriosa sobre o projeto que quer investir, analisar as tokenomics (economia do token), quem são os desenvolvedores, seu histórico e escutar sua intuição.
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Se existem sinais de alertas – bandeiras vermelhas – a melhor alternativa é não entrar no projeto.
Algo muito importante, que foi o que deu valor a este mercado e hoje em dia é deixado de lado, é o nível de descentralização do projeto. Normalmente, quanto mais descentralizado, melhor. E menor o risco de cair em um golpe.
Os projetos com “fundamentos fracos”, ou até mesmo o CCAR, são menos descentralizados (algumas vezes completamente centralizados) e é aí onde mora o maior problema.