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BTC retoma $40 mil com anúncio de maior inflação em 40 anos nos EUA

ações norte-americanas
  • O mercado estava atento para a divulgação do índice de inflação (aumento de preços) nos EUA, que foi o maior já visto em 40 anos.
  • A notícia parece ter sido interpretada de forma positiva pelo mercado cripto, com BTC reagindo com alta.

Aumento de preços de março e inflação nos EUA

Março foi um péssimo mês para a economia global, com diversas classes de ativos sofrendo muito em um cenário que parece indicar o começo de uma grande recessão, motivada por diversos fatores.

As criptomoedas também passaram por fortes quedas.

Desde a imposição de lockdowns ao redor do mundo, que paralisou cadeias de produção, fornecimento de bens e serviços, geração de renda e empregos e causou os maiores aumentos de bases monetárias de moedas fiduciárias ao redor do mundo, com bancos centrais batendo recordes de impressão de dinheiro.

Este aumento do dinheiro em circulação é o que caracteriza a inflação, que beneficia apenas aqueles no topo da cadeia alimentar, que são os primeiros a receber os valores criados do zero para gastar e despejar na população.

Saiba mais: Descubra de quanto é a inflação real da moeda brasileira; e como isso nos afeta

Os efeitos reais da inflação, no entanto, dificilmente aparecem no curto prazo, mas as leis econômicas garantem que a conta uma hora vem e ela parece estar chegando agora.

Uma das principais consequências da inflação é o aumento de preços de produtos e serviços, que pode ser causado pela perda de valor da moeda utilizada para comprar estes produtos e serviços.

É por isso que a forma mais utilizada para “medir a inflação” é através de índices de aumentos de preços ao consumidor, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no Brasil e o CPI (Consumer Price Index) nos Estados Unidos.

No Brasil, o mês de março foi atingido pelo maior aumento do IPCA em 28 anos.

Nos EUA, com o relatório do CPI que saiu nesta terça-feira, 12 de abril, o país norte-americano está vendo o maior índice já registrado em mais de 4 décadas (40 anos)!

Com aumento de preços (causado pela inflação) de 8,5%, visto somente em dezembro de 1981.

Gráfico em barras com inflação nos EUA
Fonte: TradingEconomics

Bitcoin e criptomoedas ganham força fundamental

É importante dizer que o aumento de preços também pode ocorrer devido a outros fatores.

O principal, normalmente acaba sendo o aumento da oferta de dinheiro contra uma estagnação da demanda (tornando o dinheiro menos valioso), mas produtos e serviços também podem ter seus preços impactados (se tornando mais valiosos) com um aumento da demanda por eles e uma diminuição da oferta disponível no mercado.

A quebra das cadeias de produção com os lockdowns, seguida da guerra na Ucrânia, com sanções econômicas contra a Rússia, podem ter causado essa diminuição da oferta.

Ao combinar os dois ingredientes, temos um cenário claro que explica índices recordes em vários países.

O Bitcoin e as criptomoedas infelizmente não conseguem resolver o problema relacionado com a diminuição do fornecimento dos produtos, mas resolve o primeiro problema, do aumento indiscriminado da oferta de dinheiro.

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É por isso que esta classe de ativos acaba sendo uma escolha intuitiva para investidores que querem se proteger da perda de valor de moedas fiduciárias como o dólar ou o real; juntamente de commodities, como ouro e prata.

O Bitcoin que apresentou forte queda na última semana parece ter reagido de forma positiva à notícia, voltando a ser negociado por mais de US$ 40.000 nesta manhã, de acordo com o Coingolive.

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