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Mozilla Firefox rejeita bitcoin por impacto ambiental, mas pode aceitar outras criptomoedas

Impacto ambiental de grande empresas em um porto, chaminé saindo fumaça e céu cinza

Tendência contra o impacto ambiental do Bitcoin já vem sendo observada em algumas organizações (ESG) e pode ser que este comportamento tenha vindo para ficar. Entenda.

Mozilla Firefox não quer mais doações em moedas proof-of-work

Segundo comunicado oficial, publicado no dia 07 de abril, a organização sem fins lucrativos Mozilla (responsável pelo Firefox e outros softwares Open Source), atualizou sua decisão sobre não aceitar mais doações em Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Dogecoin (DOGE).

Desde 2019 que a fundação aceitava doações em criptomoedas.

O principal motivo apontado, foi o alto consumo energético e emissão de CO2 na atmosfera por estas redes, causando um grande impacto ambiental.

“Em nossos compromissos climáticos, também prometemos ajudar a desenvolver, projetar e melhorar produtos de uma perspectiva de sustentabilidade. Acreditamos que a Mozilla pode desempenhar um papel positivo no setor, incentivando as criptomoedas que aceitamos a serem transparentes sobre seus padrões de consumo de energia.”

Impactos ambientais do Bitcoin e moedas proof-of-work

Independente de nossa opinião política, a preocupação ambiental é uma tendência em constante crescimento em todos os mercados globais.

Mais do que apenas o impacto, a eficiência ambiental é um tema muito relevante para qualquer negócio. Todo negócio, sempre busca a maior eficiência, apresentando os melhores resultados, com o menor gasto de recursos possível.

Das menores às maiores empresas, por parte dos consumidores, da mídia ou de apoiadores. 

Para empresas bilionárias – como a Tesla, que deixou de aceitar Bitcoin por questões ambientais – até projetos colaborativos de código aberto, como foi o caso da Wikimedia, organização responsável pela Wikipedia.

A questão é que a discussão sobre consumo energético, desperdício de equipamentos computacionais e emissão de CO2, vem crescendo constantemente nas rodas empresariais, na mídia e nas conversas de bar.

Por mais que se possa argumentar que todo o impacto ambiental negativo gerado pelo Bitcoin (BTC) seja justificável, ou que é muito menor do que outras fontes de manutenção de riqueza – como impressão de cédulas, sistemas eletrônicos bancários, empresas de pagamentos, mineração de ouro, prata e outras commodities; como o petróleo, por exemplo – é inegável que existem outros projetos com menor impacto ambiental e soluções muito semelhantes, apesar de algumas diferenças.

Um dos dados mais chocantes em relação ao BTC, é seu gasto energético e emissão de CO2 por transação. Calculado ao se considerar uma estimativa total de toda a rede e dividir pelo número de transações realizadas naquele período.

O site Digiconomist faz essa conta e nos revela que hoje, uma única transação de Bitcoin gasta em torno de 2.111,73 kWh; e até pouco tempo atrás este gasto girava ao redor de 1.500 kWh. Um aumento de 30% no consumo por transação.

tabela com os dados dos impactos ambientais do bitcoin.

Parte do que explica este fenômeno, é que quanto mais pessoas tentam utilizar a rede do bitcoin ao mesmo tempo, mais difícil fica para que outras pessoas também o façam, pois a rede tem um limite físico de aproximadamente 7 transações por segundo.

Além disso, o protocolo permite ao usuário ‘furar a fila’ na competição dos blocos ao pagar um suborno maior para os mineradores, em forma de taxas, que aumentam gradativamente conforme aumenta a demanda.

A lightning network também descongestiona a rede principal e leva o usuário a utilizar uma rede paralela, com outras regras, driblando a blockchain do Bitcoin e permitindo transacionar com menor taxas e maior velocidade.

Apesar das pessoas estarem utilizando menos a rede, com um menor número de transações – hoje ela processa em torno de 3 transações por segundo, com mineradores muitas vezes descobrindo e transmitindo blocos com pouquíssimas transações – o consumo geral continua aumentando.

O negócio da mineração continua sendo extremamente lucrativo (a blockchain sendo, ou não utilizada) fazendo com que mais e mais empresários se juntem à indústria, nem sempre com o objetivo de assegurar a rede, mas com um foco puramente em um modelo de negócio lucrativo baseado na inflação do BTC gerada a cada 10 minutos com a recompensa de 6,25 bitcoins pagos para o minerador que conseguir descobrir o bloco.

Saiba mais: Ex-NFL construiu uma fazenda de mineração em um container de navio; entenda o modelo de negócio, vantagens e desvantagens

A descoberta dos blocos é feita com base na quantidade de trabalho computacional gerado pelo minerador – ou seja, recompensando mais aqueles que acabam consumindo mais recursos finitos como energia e equipamentos. Ou aqueles que conseguem melhorar a eficiência, gastando menos e alcançando um resultado similar.

Criptomoedas com menor gasto energético (ESG e eficiência)

É possível que o exemplo da Mozilla e Wikimedia seja seguido por outras pessoas que identificarem o mesmo problema, podendo causar uma adoção maior em criptomoedas com menor gasto energético.

Esta tendência está relacionada, além da pura eficiência, ao modelo ESG (Environmental, Social, and Governance), que avalia uma empresa através de fatores não-financeiros, de acordo com sua governança, impacto ambiental e social.

A Mozilla Firefox disse que irá evitar todas as redes que utilizam proof-of-work como mecanismo de consenso; ou seja, dependem da competição computacional para alcançar o consenso sobre as transações válidas e a blockchain correta que os nodes devem seguir – conforme explicado no whitepaper do Bitcoin em português.

A fundação também diz que buscará redes proof-of-stake, que utilizam a participação monetária de cada node na rede, como peso de voto e métrica para validação.

Apesar de não se tratar de uma rede PoS, a criptomoeda com maior eficiência no modelo de consenso – por eficiência considero o menor custo ou consumo de recursos, para atingir um resultado semelhante – é a Nano (XNO).

gráfico de consumo energético e impacto ambiental da nano

Nano consegue processar mais de 15.500.000 transações com o mesmo gasto energético de uma única transação de Bitcoin.

De acordo com o Nanolooker, em 6 anos de existência, foram gastos 10 vezes mais do que apenas 1 transação de BTC, em energia; ao se considerar um total de 149 milhões de transações na rede.

Dados da rede da nano, com 149.213.474 transações realizadas até o momento.

Além da XNO, outras fortes concorrentes para serem aceitas pela Mozilla são:

  • Ethereum 2.0 (após atualização);
  • USDT;
  • BNB;
  • USDC;
  • Solana (SOL);
  • XRP;
  • Cardano (ADA);
  • Terra (LUNA);
  • TerraUSD (UST);
  • Avalanche (AVAX);
  • entre outras.

O que todas estas têm em comum é seu foco em realizar transações com a maior eficiência possível. Algumas com mais ou menos segurança; maior ou menor grau de descentralização; e maior ou menor velocidade.

A Mozilla Firefox deve fazer o anúncio de sua escolha no Q2 de 2022.

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