A Polícia de São Paulo investigou o assassinato de um homem que supostamente teria ganhado R$ 25 milhões na mega-sena e comprado R$ 300.000 em bitcoin.
A investigação levou a polícia a entender que Anselmo Becheli Santa Fausta era na verdade um traficante internacional de drogas, com patrimônio de R$ 500 milhões, que estava lavando dinheiro com um bilhete premiado.
Ele foi executado a tiros enquanto andava de carro nas ruas de São Paulo no dia 27 de dezembro de 2021. O motorista do carro, que era o seu braço direito no tráfico, também morreu no local.
As informações são de uma reportagem do Domingo Espetacular, que foi transmitida no dia 9 de janeiro na Rede Record.
Como o traficante lavava o dinheiro do crime
A Polícia Civil chegou a acreditar que Anselmo, conhecido como “Magrelo”, poderia ser o chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Posteriormente, as investigações levaram a crer que ele atuava de forma independente.
Anselmo cresceu no mundo do crime na Zona Leste de São Paulo e assumiu o comando do tráfico de uma comunidade conhecida como Caixa D’água. Em certo ponto, ele começou a intermediar grandes quantidades de drogas em parceria com o PCC, como um “broker”.
A Polícia chegou até Anselmo porque o setor antifraude do Instituto de Identificação de São Paulo descobriu que ele tentou tirar um RG falso e, após isso, um processo de falsidade ideológica contra ele foi aberto em abril de 2021.
A partir do processo, a investigação chegou até o prêmio de R$ 25 milhões que o traficante ganhou na mega-sena. Na realidade, ele havia comprado o bilhete premiado do verdadeiro ganhador do sorteio por um premium, na intenção de lavar dinheiro.
Anselmo aplicou o valor do prêmio e chegou a investir quase R$ 300 mil em bitcoin.
O departamento de homicídio ainda investiga as duas mortes e nenhum suspeito foi localizado. O patrimônio de Anselmo permanece sendo investigado e ainda deve ser avaliado em relação ao que será deixado como herança e o que será tomado pelo Estado.
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