A corretora de criptomoedas Coinbase se juntou a várias outras empresas de criptomoedas na onda de demissões devido às condições macroeconômicas e o inverno cripto.
“Hoje estou tomando a difícil decisão de reduzir o tamanho de nossa equipe em cerca de 18%, para garantir que nos mantenhamos saudáveis durante essa crise econômica.”, escreveu o CEO da Coinbase Brian Armstrong em uma publicação no blog da empresa.
Esse número de 18% pode significar a perda do emprego para mais de 1000 pessoas, levando em conta os 6.277 funcionários listados na página do Linkedin da exchange.
De acordo com Armstrong, os EUA parecem entrar em uma recessão após uma década de “boom econômico”, o que poderia levar o mercado de criptomoedas para um inverno ainda mais prolongado.
“Nos últimos invernos cripto, a receita de taxas de trading (nossa maior fonte de receita) diminuiu significativamente. Embora seja difícil prever a economia ou os mercados, sempre planejamos o pior para que possamos operar o negócio em qualquer ambiente.”, declarou.
Como outro motivo para as demissões, o CEO falou em um crescimento “rápido demais” da Coinbase em 2021, quando os mercados estavam subindo fortemente e a corretora viu a necessidade de massivamente escalar seu time.
Listada na bolsa de valores, a Coinbase (ticker COIN na Nasdaq) sofre ainda mais do que o BTC nesta queda de mercado. Suas ações estão derretendo quase 80% desde o início do ano, conforme mostra o gráfico abaixo.
A Coinbase sobreviveu quatro bear markets do Bitcoin, segundo o comunicado, e gerenciar os custos é fundamental para manter a saúde do negócio. Com o anúncio, a Coinbase se junta ao Mercado Bitcoin, Gemini, BuenBit, Crypto.com, Robinhood e diversas outras empresas de criptomoedas que anunciaram ondas de demissões no mercado cripto.
A Binance, por outro lado, afirmou que ainda estava crescendo e mantinha duas mil vagas abertas.
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