O projeto NFT brasileiro CryptoRastas inaugurou seu selo musical com o lançamento do colecionável digital da música Welcome the Crypto.
O sucesso do CryptoRastas é inquestionável. Com direito a um show em Miami e tendo o lendário Snoop Dogg como detentor de um de seus NFTs, o projeto brasileiro é um dos grandes destaques da Web3.
O selo CryptoRastas Music Label foi inaugurado com o lançamento de 100 NFTs da música Welcome the Crypto, também conhecida como CryptoRastas Music Theme.
Os NFTs custavam originalmente ETH 0.05 cada, e a venda era exclusiva para os “holders” da coleção Cryptorastas. Atualmente, as vendas já estão liberadas para o público geral.
O CryptoRastas Music Label tem como inspiração o velho hábito de colecionar vinis, fitas k7 e CDs. “Quando se compra um vinil raro, não é apenas pela música. É também por elementos imateriais que o envolvem, como sua raridade, sua data de lançamento, a arte da capa, se é um original.
A ideia do selo é trazer este prazer de se colecionar música para o meio digital. Se por um lado o streaming nos dá acesso a uma infinidade de músicas pra escutar num estalo de dedos, por outro, se perde aquela sensação de possuir realmente um disco e poder mostrar/comunicar para os amigos as coisas que realmente gostamos”, explica Marcus MPC, criador do CryptoRastas.
Revolucionando o audiovisual
Não é só o sucesso que destaca a iniciativa. A principal característica do projeto, sem sombra de dúvidas, é seu foco na comunidade.
Metade do valor das vendas vai para a carteira coletiva da CryptoRastas, cujos membros poderão decidir o que fazer com os recursos, criando propostas e votando automaticamente com a segurança e transparência da tecnologia blockchain através de uma DAO (Organização Autônoma Descentralizada, na sigla em inglês). No caso dos próximos lançamentos, o acordo é de que a DAO sempre receba, no mínimo, 5% das vendas.
“Muitos projetos de NFTs musicais focam em utilidades e geração de lucro, como a distribuição de porcentagem dos royalties do streaming ou publishing. Mas, na nossa visão, isso vincula demais esses projetos ao mercado tradicional da música, que na maioria das vezes não funciona para artistas e bandas do underground. Então optamos por trabalhar com um sistema totalmente independente do velho mercado, sendo 100% Web3. O mais importante aqui é o colecionismo, a comunidade, e a troca direta com entre artistas e verdadeiros fãs.” completa Marcus MPC.
Dada Yute, o embaixador da CryptoRastas, lançou em 2022 uma coleção beneficente destinada ao combate à fome. Descritas como “NFTs de Impacto”, as obras destinaram 10% do valor arrecadado para a organização não governamental Banco de Alimentos, que há 25 anos recolhe alimentos para milhares de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar.
Em entrevista para o Cointimes, Yude comentou sobre a importância da proximidade entre o artista e seus fãs. Apesar de não negar a importância de aparecer na grande mídia — o artista se apresentou no Altas Horas recentemente —, ele destaca o contato direto que a cultura NFT promove.
“No NFT a gente trabalha no tête-à-tête, nas comunidades no Twitter, e isso surte um efeito que às vezes é mais potente do que estar numa FM. É muito bom estar na grande mídia para as nossas comunidades se fortalecerem, mas o resultado maior é aqui”, garante Yute.
O cantor falou de uma amizade surpreendente que fez com um artista NFT japonês chamado Nekohige, que patrocinou seu show no Decentraland Metaverse Music Festival. “Ele foi o patrocinador premium, ouro. Ele usou um dos displays para expor a sua coleção de NFT e vendeu NFTs dele durante o meu show”.
Após a ocasião, Nekohige virou amigo de Yute. Eles precisam utilizar tradutores para se comunicarem, pois Nekohige não fala inglês. O artista japonês, que gosta de reggae, virou “fã de carteirinha” do artista.
Ao final da entrevista, Dada Yute mandou uma mensagem aos fãs: “Comprem Cryptorastas antes que cheguem ao preço floor de 1 ETH!”
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