Cointimes

DOGE e AVAX saltam mais de 10% e investidores abrem os olhos para a inflação – Resumo de Mercado

Bitcoin e DOGE, Uniswap

Nesta quarta-feira (15) o bitcoin (BTC) retoma o nível de US$ 48.000 enquanto altcoins como Dogecoin e Avalanche disparam mais de dois dígitos em um dia, segundo o CoinGoLive

Confira no Resumo de Mercado de hoje a razão para a alta das altcoins assim como os motivos para o Copom projetar a inflação acima da meta em 2023. 

DOGE e AVAX
Ranking de Criptomoedas – Fonte: CoinGoLive.com

Bitcoin retoma nível de US$ 48.000 

Os últimos dias não foram bons para o líder das criptomoedas. Ele lutou com a cobiçada linha de US$ 50.000, e a rejeição mais recente em 12 de dezembro empurrou-o para o sul.

Nas 24 horas seguintes, o BTC se viu caindo para uma baixa de dez dias abaixo de US$ 46.000. Mas se recuperou rapidamente e se aproximou dos US$ 48.000, mesmo com pressão dos ursos que continuaram a prejudicar o ativo.

Neste momento, ele retrocedeu em algumas centenas de dólares, mas ainda está acima de US$ 48.000 e a capitalização de mercado é de mais de US$ 900 bilhões.

Leia também: Análise on-chain: metade da capitalização de mercado do Bitcoin é mantida como lucro não realizado

Os dados sobre a inflação nos EUA foram divulgados recentemente e alguns investidores cripto estão de olho nos seguintes movimentos dos Bancos Centrais pelo mundo. Os dados do índice de preço ao consumidor (CPI)  mostram que a inflação plena é de 6,8%. 

inflação

A inflação acelerou em seu ritmo mais rápido desde 1982 em novembro, muito mais do que as expectativas do mercado, de acordo com o Ecoinometrics. 

Expectativas para a inflação 

A conjuntura fiscal já faz com que o Comitê de Política Monetária (Copom) projete inflação acima da meta também em 2023. Por isso, o comitê do Banco Central calcula que a Selic precisará ficar nos próximos dois anos acima do que o mercado esperava até o começo de dezembro.

Foi o que mostrou a ata divulgada ontem, referente à reunião da semana passada, quando o Copom elevou a taxa básica de juros de 7,75% ao ano para 9,25% ao ano.

No documento, a autoridade monetária também reconheceu que a atividade econômica perdeu força no curto prazo.

“O Comitê ponderou que o risco de desancoragem das expectativas [de inflação] para prazos mais longos, derivado dos desenvolvimentos no cenário fiscal, indica que há viés altista para as projeções do seu cenário básico [calculado com base em projeções do mercado para a taxa de juros]”

, disse o BC na ata.

As projeções se encontram acima da meta para 2022 e 2023 por conta do quadro fiscal. “Concluiu-se que o ritmo de ajuste de 1,5 ponto percentual, neste momento, é adequado para atingir, ao longo do ciclo de aperto monetário, um patamar suficientemente contracionista”, afirmou.

Como consequência, no mercado de juros, investidores reagiram à postura mais dura adotada pelos membros do Copom. O Ibovespa fechou o dia aos 106.759 pontos, em queda de 0,58%.

Também por este motivo, o real não conseguiu exibir força diante da sinalização do Banco Central de que os juros permanecerão mais elevados por mais tempo. A moeda americana encerrou o pregão em alta de 0,40%, negociada a R$ 5,69, no maior patamar de fechamento desde 13 de abril, quando encerrou a sessão em R$ 5,71. 

A dívida atualmente está em 82,7% do PIB, mas a situação pode piorar caso a PEC dos Precatórios seja aprovada. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), criada no final de 2016 com o objetivo de ampliar a transparência nas contas públicas: 

“As consequências serão muito claras e já se materializam nos preços dos ativos. A primeira, o aumento dos juros exigidos pelo mercado nas operações com títulos públicos.

A segunda, o aumento dos juros, por parte do Banco Central, para fazer frente aos efeitos ocasionados sobre a inflação a partir da maior percepção de risco. Este que se correlaciona com a taxa de câmbio.

A terceira, os efeitos dos dois primeiros pontos sobre a dívida pública. O custo médio das novas emissões do Tesouro tende a crescer, implicando maiores gastos com juros. A dinâmica da dívida, a médio prazo, será prejudicada, isto é, o objetivo de torná-la sustentável ficará mais penoso na presença de juros médios mais altos. Em outras palavras, será preciso produzir maior esforço fiscal primário.” 

Avalanche e Dogecoin saltam em um dia

A maioria dos altcoins também sofreu na mesma proporção que o BTC. A Ethereum fez um dumping abaixo de US$ 4.000 pela segunda vez desde o início do mês. Embora agora esteja em alta de quase 2% em um dia, a segunda maior criptografia ainda está bem abaixo desse preço.

Dogecoin e Avalanche são os ganhadores mais significativos com aumentos de dois dígitos. DOGE (13%) está acima de US$ 0,18, enquanto AVAX (15%) está acima de US$ 90. Este salto impressionante ocorreu depois que o popular projeto blockchain disse que apoiará o USD Coin (USDC).

Espera-se que a integração mais recente abra caminho para opções de transação e pagamento para desenvolvedores e participantes no ecossistema de rápido crescimento do Avalanche. Consiste em protocolos descentralizados (DeFi), aplicativos corporativos, marketplaces de tokens não fungíveis (NFT), entre outros.

Leia também: Dogecoin explode 17% em uma hora enquanto Bitcoin sangra

O resultado das principais altcoins nas últimas 24 horas é o seguinte: Ethereum (+1,95%), Binance Coin (+0,57%), Solana (+7,89%), Cardano (+2,44%), Ripple (+2,65%), Polkadot (+1,57%), Dogecoin (+13,35%), Avalanche (+14,96%), Terra (+3,57%) e Shiba Inu (+2,70%). 

De acordo com o CoinGoLive, a capitalização de mercado de todos os ativos cripto ficou em cerca de US$ 2,31 trilhões nesta quarta-feira.


Acompanhe as notícias do mercado cripto no grupo do Telegram do Cointimes (acesse) e tenha um ótimo dia de negociações.

Leia outros conteúdos...

© 2024 All Rights Reserved.

Descubra mais sobre Cointimes

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading