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Economia mundial em 2019: o que esperar?

economia mundial em 2019

A economia global passou por um grande ciclo de crescimento nos últimos 10 anos. Os EUA já passam pela maior expansão de sua história, a China continua mantendo uma alta taxa de crescimento – mesmo que ainda não seja na casa dos 2 dígitos – e a Europa com um lento crescimento, o que já era esperado. Quais são as pespesctivas para a economia mundial em 2019?

Mas parece que esse ciclo de crescimento sem precedentes esteja começando a apresentar uma desaceleração.

Quais são as perspectivas para a economia mundial em 2019?

Conforme o ano de 2018 se desenrolava, economistas e investidores já temiam uma recessão ainda em 2019. Não por acaso, as bolsas começaram a precificar o cenário, ainda que com antecedência. Os mercados ficaram voláteis e o pessimismo foi a tônica no final de 2018, tanto é que as bolsas americanas tiveram o pior dezembro desde a crise de 29.

O FED (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, passou a subir a taxa de juros consistentemente de 2% no início do ano para 2,5%, retirando a liquidez do mercado aos poucos, o que também é conhecido como Quantitative Tightening.

Essa medida provoca uma desaceleração da economia norte-americana e do mercado de ações. Os bancos centrais sobem a taxa de juros para combater a inflação e ajustar o mercado no curto prazo.

Com isso, a tendência é uma desaceleração do crescimento norte-americano em 2019, motivada pelo menor desempenho das exportações e volume de investimentos internos na economia. A previsão é que os EUA continuem crescendo em 2019, mas em volume menor do que o ano de 2018.

Preste atenção na China, ela será relevante para a economia mundial em 2019

Tudo indica que a economia chinesa vai desacelerar no ano de 2019, a China cresceu 6,6% em 2018, que foi a pior expansão desde 1990. A guerra comercial com os Estados Unidos prejudica a economia Chinesa em mais de US$ 200 bilhões de tarifas.

Contudo, as autoridades chinesas já estão cientes da desaceleração e caminham para um estímulo da economia Chinesa com cortes de impostos e redução do compulsório para os bancos, o que aumenta a capacidade de liquidez da economia. A previsão é que os estímulos na economia façam com que a China consiga sustentar seu crescimento e o nível de emprego.

Uma economia com baixo de crescimento, próxima a uma recessão poderia prejudicar e diminuir, consequentemente, a popularidade de Donald Trump, o que seria extremamente negativo na corrida eleitoral.

Trump pensa na reeleição e a leitura da casa branca é de que não existem vencedores em uma guerra comercial. Logo, um acordo entre as duas potências é uma questão de tempo, o problema é que enquanto isso, a economia mundial vai continuar sofrendo.

O que está acontecendo na Europa?

A Zona do Euro caminha para uma recessão e tudo indica que será um pouso suave. O Brexit pode provocar transtornos nos níveis de investimentos do bloco e a fraca produção industrial alemã indica preocupações.

Conforme dito acima, o PIB da Zona do Euro cresce lentamente com a média de 0,39% de 1995 até 2018. Contudo, uma desaceleração do PIB nos últimos trimestres vêm indicando o caminho a ser seguido pela economia europeia para os próximos dois anos.

Esperamos uma maior volatilidade no mercado europeu, o que deve ser refletido nas principais bolsas da Europa e em toda economia mundial em 2019.

E o Brasil?

No meio de toda volatilidade internacional, o Brasil surge como um porto seguro desde que o atual governo consiga pôr em prática as promessas de campanha. A desaceleração da economia mundial em 2019 coloca um freio no crescimento para esse ano, mas ainda assim ele é otimista.

A prioridade econômica número 1 do governo Bolsonaro é a reforma da previdência como um meio de, efetivamente, reduzir a pressão sobre o orçamento da União nos próximos anos. Atualmente, a União compromete 60% de seu orçamento para a previdência.

Sem uma reforma, a economia brasileira fica presa em um ciclo vicioso de alto endividamento, alta inflação e alta taxa de juros com baixo crescimento. A previdência não ser aprovada, é um dos piores cenários a se trabalhar.

A maioria dos analistas já projeta a Bovespa a 100 – 125 mil pontos contando com a aprovação da reforma. De fato, Bolsonaro tem apoio popular e capital político para empreender sua agenda em um primeiro momento. A votação não pode demorar.

Para o Brasil, esperamos um crescimento mais expressivo e a geração de novos postos de trabalho do que em 2018. A SELIC está em baixa, mas tudo indica que dificilmente terminaremos o ano a 6,5%. Uma subida de ao menos 1% parece ser razoável.

Se aprovada a reforma da previdência, a Bovespa terá espaço para chegar aos 100 mil pontos tranquilamente. Caso o pior cenário se confirme, veremos a bolsa corrigir rapidamente, ficando em consonância com o padrão dos mercados emergentes.

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