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Entenda o “Halving Triplo” do Ethereum que deve ocorrer pós-Merge

Imagem ilustrando o triple halving no ethereum, com mulehr cortando laranja pela metade

O “Triple Halving” ou “Halving Triplo” é um fenômeno econômico que está sendo previsto por analistas e pesquisadores para acontecer no Ethereum (ETH) após a atualização The Merge, prevista para o final de setembro. Entenda.

A atualização que está sendo apelidada de The Merge (A Fusão), irá unir a Beacon Chain do Ethereum, com a rede principal, criando o Ethereum 2.0 (ETH 2.0) através de um hard fork – mudando algumas regras do protocolo, sendo a mudança mais importante a transformação integral para validação por proof-of-stake, ao invés do atual proof-of-work.

O que é halving e qual sua importância?

Halving é um termo em inglês que significa algo como “cortar pela metade”, se originando da palavra half (metade), com o sufixo -ing, indicativo de gerúndio.

O termo ganhou relevância graças a sua aplicação no Bitcoin (BTC), cortando a recompensa de bloco dos mineradores pela metade a cada 210.000 blocos minerados, o que acontece aproximadamente de quatro em quatro anos.

O halving acaba sendo um fenômenos econômico muito importante para o bitcoin e muitos analistas afirmam ser ele o principal condutor dos ciclos financeiros do BTC, ao cortar a inflação da moeda pela metade, diminuindo a oferta colocada em circulação e, consequentemente, a pressão vendedora decorrente da mineração. Podendo aumentar seu valor percebido no mercado.

O modelo Stock-to-Flow (S2F) do bitcoin é baseado na redução inflacionária do ativo, calculado com base nos halvings.

Modelo Stock-to-flow do bitcoin.

Histórico: Monero (XMR) teve o seu último “halving”, entenda

O que é o “Halving Triplo”?

Vamos entender agora o que significa o “Triple Halving” ou “halving triplo”, tão esperado por muitos investidores de Ethereum.

Como funciona a emissão de ETH?

O Ethereum (ETH) não possui um halving programado, mas o controle inflacionário se dá através de algumas ferramentas, como é o caso da Bomba de Dificuldade (Difficulty Bomb), que aumenta a dificuldade de se encontrar um bloco através do proof-of-work, fazendo com que menos blocos sejam descobertos por minuto, diminuindo então a emissão de ether através da recompensa de bloco, paga ao minerador responsável.

Além das bombas de dificuldade, a inflação também foi historicamente controlada na blockchain de primeira camada líder da Web3, através de atualizações importantes, com suas respectivas recompensas de bloco:

  • Gênesis a 2017: 5 ETH
  • 2017 a 2019: 3 ETH (alterado via EIP-649)
  • 2019 até agora: 2 ETH (alterado via EIP-1234)

E em 2021 a rede passou pela atualização EIP-1559, apelidada de London Upgrade, que mudou a dinâmica de taxas, o que também influencia a remuneração dos mineradores, mas não necessariamente afeta a inflação, por não haver emissão de novas moedas.

Gráfico com contagem de blocos e recompensa de mineração que irá mudar com o halving triplo
“Contagem de Blocos e Gráfico de Recompensas para o Ethereum” Fonte: etherscan

Atualmente, cerca de 6.450 blocos são minerados diariamente, resultando em cerca de 13.320 novos ETH sendo emitidos e colocados em circulação, todos os dias. Isso equivale a aproximadamente US $23,4 milhões, na cotação atual.

Um dos motivos principais para que a rede mantenha uma emissão tão alta, é para criar incentivos favoráveis de negócios, fazendo com que mineradores queiram minerar para o Ethereum, ao invés de outras blockchains.

O Ethereum é uma das redes mais rentáveis para se minerar nos dias de hoje, movimentando bilhões de dólares todos os anos, em uma atividade super lucrativa, mesmo com seu alto custo em energia elétrica, com toda a rede gastando mais de 89 TWh por ano, segundo o Digiconomist. O equivalente ao que gasta a Bélgica no mesmo período.

As recompensas precisam pagar por isso, sendo que grande  parte dessa conta acaba recaindo sobre os holders ao enfrentar uma inflação aproximada de 4,3% ao ano. Quase três vezes superior à inflação do Bitcoin no halving atual, de 1,7% ao ano.

O que vai acontecer após o “triple halving”?

Com a chegada do Ethereum 2.0 após o “Merge”, o ETH 2.0 passará por uma redução inflacionária equivalente a um halving triplo do Bitcoin, acontecendo quase imediatamente após a fusão.

Com a mudança para proof-of-stake, analistas e pesquisadores estimam que o consumo de energia pela rede deve cair mais de 99,95%, o que não só é ótimo para o meio ambiente e para as pessoas que dependem de energia elétrica, mas também faz com que fique imensamente mais barato manter um node validador de Ethereum, reduzindo drasticamente os custos de validação e, por consequência, permitindo uma diminuição das recompensas pela atividade, sem impactar a segurança do consenso e a descentralização.

É estimado que a emissão de ether (ETH) diminua de 4,3% para 0,4%. O que resulta em uma inflação cerca de dez vezes menor que a atual.

Um Halving Triplo seria algo como: 4,3% → 2,15% → 1,075% → 0,5375%.

Simulação gráfica do Halving Triplo

Todas essas mudanças poderiam criar um cenário extremamente favorável para crescimento do Ethereum em valor percebido e capitalização de mercado. Alguns entusiastas até mesmo afirmam que o “triple halving” será o catalisador para que ETH passe BTC em market cap, mas isso ninguém sabe com certeza – e só o tempo dirá.

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