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Ex-desenvolvedor do Monero é preso nos Estados Unidos

"Não confie no FluffyPony, confie no código"

Acusado de fraude pelo governo da África do Sul, Riccardo Spagni foi detido nos Estados Unidos e está sendo extraditado, de acordo com documentos oficiais.

Também conhecido como “FluffyPony” nas redes sociais, Spagni ajudou a desenvolver a criptomoeda de privacidade Monero (XMR) por 5 anos, até que deixou sua função de mantenedor do projeto em 2019.

Desenvolvedor é acusado de enganar seus antigos chefes

As acusações, porém, não possuem relação com o mercado de criptomoedas. Considerado um “fugitivo” pelo governo da África do Sul, ele é acusado de falsificar faturas para receber vantagem ilícita da empresa na qual trabalhava.

Segundo os documentos oficiais, o mandado contra Spagni constata que:

“SPAGNI foi contratado pela Cape Cookies CC (“Cape Cookies”) de 1º de outubro de 2009 a 8 de junho de 2011 como Gerente de Tecnologia da Informação (Gerente de TI). O emprego de SPAGNI com a Cape Cookies foi rescindido por acordo mútuo.

Como funcionário da Cape Cookies, SPAGNI interceptou faturas de outra empresa, a Ensync, relacionadas a bens e serviços de tecnologia da informação que havia fornecido à Cape Cookies.

SPAGNI conscientemente usou informações falsas para fabricar faturas semelhantes que pretendiam ser da Ensync, contando com detalhes que incluíam o número do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dessa empresa e informações de conta bancária. SPAGNI então inflou os preços dos bens e / ou serviços.

SPAGNI intencionalmente submeteu as faturas falsificadas ao departamento financeiro da Cape Cookies e fraudulentamente representou que eram registros verdadeiros e adequados, esperando que o valor listado como devido seria pago ao fornecedor refletido e na conta bancária detalhada, na fatura.

A Cape Cookies pagou cada fatura por meio de transferência eletrônica de fundos para os dados bancários refletidos na fatura falsa apresentada pela SPAGNI.”

Fluffy Pony, um perigo para a sociedade

O Tribunal americano resolveu deter Spagni sem conceder o direito à fiança, porque ele “representa um risco de fuga e é um perigo potencial para a comunidade.”

“Primeiro, Spagni tem um histórico de não comparecimento [ao Tribunal] e evasão da justiça. Ele falhou em aparecer para julgamento no Tribunal Regional da Cidade do Cabo sobre a questão subjacente ao presente pedido. Além disso, porque ele evitou retornar ao tribunal relevante na África do Sul, este Tribunal tem motivos para supor que ele continuará tentando fugir da justiça.”, lê o documento do governo.

No mês passado, um Investigador Internacional do Serviço de Delegados dos Estados Unidos descobriu que Riccardo estava viajando de Nova Iorque para Los Cabos, no México, com um jato particular fretado.

Foi só no dia 20 de julho, quando o jato parou em Nashville para abastecer, que Spagni foi detido pelas autoridades. Isso explica porque o programador estava ausente das redes sociais desde então.

Sua audiência está marcada para 5 de agosto, quando irá descobrir se aguardará detido até o julgamento. Caso Spagni seja condenado, poderá enfrentar até duas décadas na cadeia.

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